Por um momento, logo após a vitória sobre o Cruzeiro – décima no campeonato, sendo a metade longe do Pinheirão – o técnico Lori Sandri deixou de lado o discurso da humildade. "Hoje (ontem), eu acho que o time foi perfeito", elogiou. No entanto, com as insistentes perguntas dos repórteres querendo saber até onde o time pode chegar, o treinador voltou a pedir calma e tranqüilidade.

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Segundo ele, o fato de o Brasileiro estar chegando à metade obriga o Paraná a manter os pés no chão se quiser permancer entre os líderes. "O Paraná não se programou para essa campanha. Não quero iludir o torcedor e fazer discursos em palanques, como os políticos", afirmou Lori.

A perfeição paranista foi construída a partir da defesa. O primeiro ataque do Cruzeiro, a um minuto de jogo, em um chute de Fred que morreu nas mãos de Flávio, indicou a dificuldade que a Raposa teria para furar a muralha tricolor.

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"O Flávio mostrou para o que veio. A nossa zaga foi muito bem. Prova disso é que o Cruzeiro não chegou na cara do nosso goleiro", disse.

O treinador lamentou a série de cinco partidas fora de Curitiba, no início do segundo turno, justamente no melhor momento da equipe na competição. A seqüência – formada por causa da venda dos jogos contra Palmeiras e São Paulo para a empresa Gallo, de Maringá – foi usada por Lori como argumento para conter a euforia do grupo.

"Somos o único time que vai jogar 25 partidas fora de casa. Por isso nós temos de ter consciência de que não será fácil. Tem mais quatro meses de campeonato", alertou.