Um gol a 30 segundos do fim do jogo salvou o São Paulo na fria noite deste sábado (28) no Morumbi. Lucas, de fora da área, marcou o gol da vitória tricolor sobre o Figueirense, por 1 a 0, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O chute, cheio de curva enganou Wilson e cessou as vaias que já começavam a serem ouvidas pelo time da casa. Com seis pontos e 100% de aproveitamento, o São Paulo divide momentaneamente a liderança com o Atlético-MG, ficando atrás no saldo de gols.
Ainda que o time não tenha encantado, Paulo César Carpegiani ganhou pontos com a diretoria. Começou com o jovem Wellington de titular (deixando Rodrigo Souto de fora até do banco), ouviu a torcida e pôs Rivaldo na equipe na volta do intervalo e realizou um dos principais desejos dos cartolas. Ao fim do primeiro tempo sacou Juan pela primeira vez no ano (antes, só no fim dos jogos) e promoveu a estreia de Henrique Miranda. Junior Cesar havia sido negociado exatamente para dar espaço para o jovem de 18 anos, que foi o melhor do time na segunda etapa.
Se durante a semana Carpegiani desperdiçou dois dias de treinos coletivos para enfim treinar com a formação que entrou em campo neste sábado, para o próximo jogo não faltará tempo. O São Paulo só volta a campo no dia 8 de junho, uma quarta-feira, para pegar o Atlético-MG, em Sete Lagoas. O time provavelmente não terá Lucas, que servirá à seleção até um dia antes. O Figueirense joga daqui a uma semana, novamente às 21h, contra o Atlético-GO, em Santa Catarina.
JOGO MORNO - Buscando ampliar o recorde de partidas consecutivas com a camisa do São Paulo, Rogério Ceni ignorou a lesão que o tirou de campo no segundo tempo da estreia contra o Fluminense, e apareceu como titular da equipe tricolor neste sábado no Morumbi. Contra um Figueirense fechado, só teve trabalho numa falta cobrada por Wellington Nem, aos 35 minutos.
Outra novidade da equipe era Fernandinho, que ficou mais um mês parado por lesão, voltou fora de forma contra o Avaí, na Ressacada, foi muito mal, retornou para o departamento médico e neste sábado foi escalado na equipe titular. Desentrosado e sem a explosão que caracteriza seu estilo de jogo, o atacante foi ineficiente em todo o primeiro tempo. Como Juan também vivia péssima noite, o lado esquerdo ofensivo do São Paulo inexistia.
Pela direita, Lucas tentava resolver sozinho e quase não contava com Jean, mais preocupado em fortalecer a defesa também desentrosada. Casemiro e Carlinhos, quando se aproximavam dos jogadores de frente, mostravam que não têm o perfil de armador. Faltava claramente um articulador pelo meio. Por isso, com 28 minutos a torcida já cantava em uníssono o nome de Rivaldo.
Conforme disse Túlio na saída para o intervalo, o Figueirense aguardava um momento de "desorganização" do São Paulo. Por isso, se fechava atrás e atacava pouco. As chances de gol do primeiro tempo podem ser reduzidas a três chutes para fora (dois de Dagoberto, um de Fernandinho) e falta a batida por Wellington Nem.
A torcida tricolor comemorou como um gol quando viu Rivaldo voltar dos vestiários sem agasalho. Ele entraria no time no lugar de Fernandinho, para ser o articulador pedido pelas arquibancadas. De tão ruim que foi o primeiro tempo de Juan, o lateral também ficou no intervalo, para a entrada do jovem Henrique Miranda, de 18 anos.
Com oito minutos jogados, parecia que as alterações haviam sido perfeitas. Rivaldo criara ótima chance para Casemiro e Henrique Miranda descia pela esquerda com arrojo, exigindo até a primeira defesa de Wilson no jogo. Mas a empolgação só com os dois durou pouco. Aos 20 minutos, Marlos já entrava em campo para substituir Carlinhos, em rara noite irregular.
Aí sim o São Paulo cresceu. Logo em seguida, Jean chutou de fora da área e levou perigo. Pouco depois, Henrique Miranda invadiu a área em velocidade e a defesa do Figueira cortou. No escanteio, Casemiro acertou a trave. Mais três minutos e o jovem lateral deu ótima assistência para Marlos na área e o atacante também acertou o poste.
Aos 34 minutos, numa das poucas vezes em que deixou a ponta-direita para jogar no meio, Lucas deu um drible por baixo das pernas do defensor, bateu forte e exigiu ótima defesa de Wilson. Depois disso, o Figueirense cresceu e quase abriu o placar em duas jogadas de área. O gol que decidiu o jogo, porém, foi de Lucas, num chute cheio de curva diretamente da meia-lua.
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