O UFC tem impulsionado a procura por modalidades de luta em academias de Curitiba. Conhecida por ser o berço de grandes nomes do esporte, como Anderson Silva, Mauricio Shogun e Wanderlei Silva, a capital paranaense experimenta a ‘febre’ das artes marciais mistas.
Locais especializados estão espalhados pela cidade e há diversas opções para quem procura algo relacionado ao MMA. A Thai Brasil, academia que trabalha com atividades marciais desde 2007 e está entre as maiores do país, viu crescer a quantidade de alunos. Segundo Daniel Lustri, gerente do local, em cerca de quatro anos o número de matriculados saltou de cerca de 200 para mais de 1.500. “Pela fama que tomou e também pelo sucesso do UFC, acabou virando uma espécie de modinha. A procura está maior, o mercado cresceu bastante”, afirma.
Com pouco mais de dois anos de existência, a Curitiba Top Team nasceu com foco em lutas. Gerente e professor no local, Leonardo Baldassari conta que o mercado do MMA tem destaque porque diversificou seu público e vai na contramão da recessão econômica vivida no país. “A arte marcial superou a crise, atingiu até quem a gente nunca imaginou. Isso é o que mais surpreende. O crescimento tem sido absurdo, na ordem de 20% ao ano”, revela.
Se antes as lutas eram dominadas por pessoas com um perfil específico, hoje até crianças e idosos têm programas próprios para praticar o esporte. “Temos metodologias focadas nos novos e nos mais velhos, por exemplo. Temos uma rotina e um horário só para os pequenos, e está entre os mais procurados da academia. É um sucesso”, conta.
É com foco na saúde que a maioria dos praticantes ingressa no MMA. Por ser uma atividade funcional e que exige capacidade cardiovascular, os benefícios para a qualidade de vida são inúmeros, segundo Lustri. “Muitas vezes quem começa a treinar, tem a intenção de melhorar sua estrutura física, sua qualidade de vida, mas acaba se apaixonando”. Já Baldassari inclui a defesa pessoal como mais um benefício do MMA. “Tem o condicionamento físico, o combate ao estresse, e até mesmo a defesa pessoal, que pode ser um fator importante para o dia a dia”, ressalta.
Porém, a fama que a exposição midiática trouxe fez crescer também os problemas físicos relacionados ao esporte. A prática sem orientação e sem equipamentos de proteção pode acarretar em danos sérios à saúde. Lesões nas articulações e nos ligamentos são as mais comuns. “Os riscos são absurdamente grandes. Qualquer atividade física mal orientada pode causar malefício, uma lesão de coluna, uma hérnia, lesões graves joelho. Contusões acontecem, mas um esporte de combate, se não for bem supervisionado, pode ser muito grave”, recomenda o gerente da Curitiba Top Team.
Baldassari alerta que exames físicos devem ser feitos de maneira regular e que o instrutor deve sempre ter ciência do problema enfrentado pelo aluno. “É preciso repassar as informações para o profissional, que precisa saber da sua necessidade para poder atendê-la. Desde que não ultrapasse o limite do corpo, você pode fazer a atividade dentro de sua capacidade”.
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