Veja cinco momentos que marcaram o UFC 198, o primeiro evento da organização em Curitiba, realizado sábado (14), na Arena da Baixada.
5- Shogun e a volta para casa
Maurício Shogun foi empurrado literalmente pelas 45 mil pessoas – apreensivas durante o combate do curitibano – na Arena da Baixada. O ex-campeão dos meio-pesados, aos 34 anos, derrotou Corey Anderson, oito anos mais jovem, mostrando preparo físico para enlouquecer os fãs. Lutando em casa depois de 13 anos, no final dos dois primeiros rounds, o ex-campeão dos meio-pesados do UFC quase apagou o americano com sua sequência de golpes. Após a vitória por decisão dividida dos juízes, Shogun fez questão de enaltecer sua terra natal. “Estou muito feliz por lutar em Curitiba, a capital mundial do muay thai. Acho que, se existe uma cidade no mundo que merece esse evento, é Curitiba”.
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4- Cyborg e o “uh, vai morrer!”
Já previsto pelos fãs de MMA, o nocaute da curitibana em sua estreia no UFC foi avassalador. Cris Cyborg prometeu o show e entregou ele em 1min21s com o nocaute mais rápido da noite. Aos cânticos de “uh, vai morrer!”, sobrou para Leslie Smith pagar o preço com uma combinação explosiva de socos e chutes da pupila da Academia Chute Boxe, que agora coleciona 14 nocautes no currículo. Da entrada contagiante de Cyborg, voltando a lutar em casa depois de dez anos, ao desabafo após a triunfo. “Sou campeã há dez anos e quero defender meu cinturão. Posso fazer superlutas no UFC”, cobrou a lutadora dona do cinturão do Invicta FC, já que a categoria da lutadora, peso-pena (até 66kg), não existe no UFC. O duelo contra americana foi realizado em peso casado de 63,5kg.
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3- Arena x Matt Brown
O clima entre os torcedores e Matt Brown ficou estremecido já na pesagem de sexta-feira (13), quando o norte-americano provocou a torcida, subiu na balança de costas para o público, e mostrou o dedo do meio para a plateia. Para os fãs na Arena da Baixada, as atitudes do lutador foram uma declaração de guerra. Brown levou três ‘tapinhas’ e teve seu capuz puxado por um torcedor no momento em que entrava para a luta contra Demian Maia. Dentro do octógono, o americano foi dominado pelo jiu-jitsu do brasileiro e finalizado no terceiro round ao som do “bota pra dormir” vindo das arquibancadas. Depois da derrota, quando Brown se direcionava até o vestiário, ainda foi alvo de copos de cerveja arremessados pela torcida.
2- Sem happy face
De qualquer assento da Arena foi possível escutar o barulho de Fabrício Werdum desabando no tablado do octógono. O brasileiro levou um direto na ponta do queixo de Stipe Miocic e beijou a lona na hora. O americano, descendente de croata, calou a torcida que cantava “eu sou brasileiro com muito orgulho, muito amor”, embalada pela entrada de Werdum ao som do tema da vitória de Ayrton Senna. Os dois lutadores foram aplaudidos após Bruce Buffer anunciar o novo campeão. “Tenho que admitir que hoje o Stipe foi melhor. Vou fazer de tudo para voltar e ganhar o cinturão de novo. Foi um detalhe”, desculpou-se o gaúcho após o nocaute, logo na primeira defesa de título.
1- Gigantismo na Baixada
A Arena da Baixada recebeu o maior UFC da história do Brasil, e o terceiro maior do mundo, sendo a primeira vez do evento em um estádio brasileiro. A estrutura também impressionou com os doze telões, iluminação e som impecáveis somados à acústica da Arena. A capital paranaense, que é considerada a meca do MMA, deu show – cantou e empurrou os brasileiros de forma incondicional desde o card preliminar. O público de 45.207 registrado em Curitiba só fica atrás do UFC 129, que teve 55.724 mil pessoas no Rogers Centre, em Toronto, no Canadá, e do UFC 193, realizado no Etihad Stadium, em Melbourne, na Austrália, que contou com 56.214 mil torcedores. Para os amantas das artes marciais foi um dia histórico.
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