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Saldo

6 policiais ficaram feridos no confronto após o jogo de sexta-feira, um deles corre o risco de perder a visão. O número total de torcedores machucados ainda é incerto.

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Com os ânimos um pouco mais serenados, ontem foi o dia de avaliar os estragos e de tentar entender melhor o tumulto envolvendo a Polícia Militar (PM) e a torcida do Coritiba na noite de sexta-feira, no Couto Pereira, em Curitiba.

Segundo o major Douglas Dabul, chefe do setor de planejamento do Comando do Policiamento da Capital da PM, a confusão começou antes do fim do jogo do Alviverde contra o Marília, quando um grupo de torcedores que não conseguiu entrar no estádio confrontou com policiais que estavam na Rua Mauá.

A dimensão do conflito, que iniciou antes de o jogo acabar, aumentou após o apito final. "Acabou coincidindo com as pessoas que queriam sair do estádio e não entendiam o que estava acontecendo", reconhece o major. Duas pessoas foram detidas por desacato à autoridade e arremesso de projétil. Cinco viaturas foram danificadas. A PM reuniu alguns objetos que foram jogados contra os policiais. Entre pedras e pedaços de tijolos, estava um telefone arrancado de um orelhão.

De acordo com Dabul, seis policiais ficaram feridos. Um deles, Odacir Correia, continua internado no Hospital Cajuru e corre o risco de perder a visão. Ele foi atingido por um objeto e terá de passar por uma cirurgia e ficar internado. Outros cinco policiais sofreram ferimentos leves, como pedradas e cortes superficiais.

Por outro lado, o número de torcedores atendidos nos principais prontos-socorros da cidade ainda é nebuloso. A assessoria de imprensa do Hospital Cajuru informou que apenas amanhã será possível verificar quantas pessoas foram socorridas após a partida. Funcionários do Hospital do Trabalhador disseram que não há como saber quantos deram entrada em decorrência do tumulto depois do jogo. No Evangélico, houve apenas o registro de um torcedor que sofreu um acidente de moto.

Ao contrário do testemunho de vários coxas, o major nega que os policiais tenham cometido excessos. "O pessoal agiu com a energia necessária para aquele tipo de agressão", justifica. Segundo ele, aqueles que não tinham relação com a confusão retornaram para o estádio. Contudo, Dabul admite que alguns que nada deviam podem ter se envolvido sem querer. "O pessoal quer sair rápido e entra no tumulto", explica.

Os torcedores que tiverem alguma reclamação sobre a ação da polícia podem formalizar queixa diretamente no Comando de Policiamento da Capital, localizado na Avenida Marechal Floriano Peixoto, 1401, no Rebouças. Segundo Dabul, amanhã será aberto um procedimento pelo comandante de policiamento da capital (Coronel Amaro do Nascimento Carvalho) para avaliar possíveis abusos da polícia.

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