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Bem que Marcelo Oliveira e Cristovão Borges gostariam de ganhar o mamão com açúcar que foi servido no Recife ao técnico Mano Menezes. Se tivessem um refresco em meio aos fracassos recentes provavelmente ambos continuassem como treinadores de Coritiba e Vasco, respectivamente.

Mano não ganhou propriamente uma sobrevida, afinal, mesmo com a pressão da mídia paulista preparando o terreno para o retorno de Felipão à seleção, é possível que ele se segure no cargo até a Copa das Confederações. Daí sim, um novo fracasso – já perdeu a Copa América e a Olimpíada – será fatal.

O jogo com a China não deve ser levado a sério. Foi como um jogo-treino diante da incipiência e despreparo do adversário. Os jogadores exageraram na comemoração dos gols, já que a maioria foi proporcionada por falhas na marcação, erros de posicionamento e espaços abertos para os brasileiros chegarem com facilidade à meta defendida pelo indigitado Cheng.

O teste não valeu para nada, nem para avaliar se Davi Luiz, Rômulo e Sandro reúnem, efetivamente, condições técnicas à altura da nobreza de uma seleção pentacampeã mundial.

Jogar no Nordeste sempre foi saudável, pois mesmo com o estádio meio vazio, o público aplaudiu calorosamente e, de qualquer forma, seria um absurdo não gostar de uma equipe que assinalou oito gols. As vaias também soam naturais quando a seleção joga mal no Sul-Sudeste, com plateias mais exigentes em estádios normalmente lotados.

Aliás, é uma tradição do futebol brasileiro e a seleção foi vaiada diversas vezes em São Paulo, tanto em amistosos quato na Copa de 1950 no inesperado empate com a Suíça, no Pacaembu. Ali nasceu a mística do "Ferrolho suíço", para explicar a retranca que parou o arrasador ataque brasileiro.

Nos preparativos para a Copa de 1970, a seleção foi vaiada estrepitosamente em Porto Alegre num desastrado amistoso com o selecionado gaúcho, no Beira-Rio.

Aqui também houve vaias com o Uruguai, em 2003, quando o Brasil cedeu o empate (3 x 3) no Pinheirão depois de estar ganhando por 2 a 0.

Convocação

Exclusivamente com jogadores que atuam no país, a seleção foi convocada para duas partidas com a Argentina e já mexeu com os clubes que sentirão os desfalques numa fase aguda Brasileiro. Cada vez mais a seleção se desgasta aos olhos do público com uma geração tecnicamente fraca e com reflexos das deficiências no trabalho de base dos clubes.

As principais novidades foram os paranaenses Rhodolfo e Jadson, revelados pelo Atlético, e Thiago Neves, revelado pelo Paraná, além da volta do experiente goleador Luis Fabiano. Gostei da convocação de Bernard, um dos destaques do Galo, enquanto Ronaldinho Gaúcho e Fred seguem arquivados por Mano Menezes.

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