Acostumada a figurar entre os líderes do ranking da Fifa, a seleção brasileira foi surpreendida com uma sétima colocação na lista divulgada na quarta-feira. A queda de desempenho nos últimos meses fez com que o Brasil ficasse atrás de Espanha, Holanda, Alemanha, Uruguai, Portugal e Itália, o que o técnico Mano Menezes admitiu nesta quinta ser normal, diante do futebol apresentado por essas equipes no momento.
"Vejo, em relação à seleção, quatro equipes que estão à nossa frente: Holanda, Espanha, Uruguai e Alemanha. As outras duas, Portugal e Itália, estão no mesmo nível de desenvolvimento que nós, aquém das outras. Por isso, temos que ter as maiores seleções como parâmetro, que temos que seguir para superá-las", declarou Mano, em entrevista nesta quinta-feira, após anunciar duas convocações do Brasil.
Os resultados ruins nos últimos meses fizeram com que o Brasil atingisse a sua pior colocação desde agosto de 1993, justamente quando o ranking da Fifa foi criado - na ocasião, estava em oitavo lugar. O momento não é favorável para Mano, que já começa a sofrer pressão no cargo, principalmente por ainda não ter conseguido vencer nenhuma das grandes seleções do futebol mundial. Foram três derrotas, diante de França, Alemanha e Argentina, e dois empates, contra Holanda e novamente os argentinos.
Assim, o próprio treinador já começa a se cobrar. "Externamente, a pressão pelo resultado não interfere. É muito mais importante internamente. Quando se propõe um trabalho novo e os resultados vêm, você se sente mais confiante. Se demora mais, existe uma instabilidade interna maior, não há uma soltura natural para jogar. Assim é a nossa realidade e é isto que está faltando: mais resultados positivos", reconheceu Mano.
Agora, Mano tem a chance de mudar esse cenário. Na próxima quarta-feira, o Brasil enfrenta a Argentina no jogo de volta do Superclássico das Américas, que acontecerá em Belém. Depois, ainda faz os amistosos contra Costa Rica e México, respectivamente nos dias 7 e 11 de outubro.
"De todos os adversários que enfrentamos, precisamos tirar algum proveito. Quando têm menos qualidade, precisamos nos impor mais. E não é possível enfrentar todos os adversários do mesmo nível, não existem tantas seleções com a mesma qualidade", avisou Mano, defendendo a importância dos amistosos contra Costa Rica e México.
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