O técnico Mano Menezes disse aceitar as críticas feitas ao desempenho ruim da seleção brasileira sob o seu comando e garantiu também estar decepcionado com a equipe. O treinador reconheceu não ser possível estar satisfeito com o futebol apresentado pelo Brasil desde a sua contratação, após o fracasso na Copa do Mundo de 2010, mas também pediu para as circunstâncias dos tropeços e atuações decepcionantes serem levadas em consideração.
"Eu também não estou contente e quero deixar isso claro. Seria o fim estar satisfeito com o que a seleção tem feito até agora", disse. "Acho os questionamentos absolutamente normais. Queremos mais, como vocês e os jogadores, mas não podemos dar mais, temos que analisar as causas, estamos em um momento de transição", completou Mano Menezes, em entrevista concedida à Rádio Bandeirantes.
O treinador garantiu que não se sente pressionado, mas também revelou que não recebeu garantias de que permanecerá no comando da seleção brasileira. "Eu assumi a seleção de julho para agosto de 2010 e nunca pedi garantia de nada e nem crio constrangimentos com isso. Sou bastante experiente, nunca me preocupei com isso, e as questões políticas atuais não mudam isso. As pessoas têm o direito de trabalhar com quem quiser", disse. "É preciso ter calma nessa hora, para não achar que com a saída do ex-presidente Ricardo Teixeira pode tudo", completou.
Mano revelou, porém, que se reuniu com José Marín, que assumiu a presidência da CBF após a renúncia de Ricardo Teixeira, que garantiu lhe apoiar. "Tive uma conversa com o presidente Marín e o Andrés [Sanchez, diretor de seleções da CBF]. Ele me disse o que pensava da sequência do trabalho e queria passar uma confiança interna. É importante ter isso, até por uma questão de respeito, com o presidente que está chegando, e com os profissionais que trabalham na CBF", afirmou.
O treinador está sob pressão porque o Brasil não obteve grandes resultados e nem apresentou regularmente um bom futebol desde a queda nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010. Em 21 partidas sob o comando de Mano, a seleção venceu 13, empatou cinco e perdeu três.
A maioria dos triunfos, porém, foram sobre seleções sem tradição enquanto a equipe sofreu derrotas na maioria dos duelos contra as principais equipes do mundo, como Alemanha, Argentina e França. No último amistoso, em fevereiro, a vitória por 2 a 1 sobre a Bósnia-Herzegovina foi obtida nos minutos finais do duelo na Suíça.
Além disso, no ano passado, na Copa América, disputada na Argentina, a equipe foi eliminada nas quartas de final ao perder nos pênaltis para o Paraguai. Pressionado, Mano vai dirigir a seleção brasileira na tentativa de conquistar a inédita medalha de ouro na Olimpíada de Londres.
Antes, porém, Mano vai comandar a seleção principal em compromissos já agendados. Em maio, nos dias 26 e 30, respectivamente, a equipe enfrentará Dinamarca e Estados Unidos em amistosos. Já em junho, o Brasil tem jogos marcados contra México e Argentina, nos dias 3 e 9.
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