Marcelinho Paraíba concentra 1/3 dos gols do Coritiba na Série A

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Dezoito gols em 14 jogos. Foi quanto o Coritiba marcou até aqui neste Campeonato Brasileiro. A média de 1,29 de gol por partida é melhor do que a vista no Campeonato Paranaense (1,19), mas ainda assim tem se mostrado insuficiente para tirar o Alviverde das redondezas da zona do rebaixamento. O time só não vem enfrentando o fantasma da Série B mais de perto graças a uma justificada dependência de Marcelinho Paraíba. O camisa 9 do Coxa marcou um terço dos gols do time na Série A (seis do total de 18 foram dele), três a menos do que os atacantes de ofício do clube.

Somados, Ariel Nahuelpan, Marcos Aurélio, Bruno Batata e Hugo marcaram nove gols na competição. Em comum, todos apresentaram momentos de oscilação que refletem no desempenho geral do Coritiba até aqui. Para piorar, na próxima rodada, diante do Botafogo no Couto Pereira, Marcelinho Paraíba estará de fora, suspenso pelo terceiro cartão amarelo (assim como Leandro Donizete). Ariel também não joga porque está lesionado. O único consolo para o torcedor é que, na última vez em que Marcelinho ficou de fora, o Coxa fez 5 a 0 no Flamengo.

De fora das quatro linhas, a diretoria alviverde diz que se mantém preocupada com a falta de gols e de constância dos atacantes. A busca por jogadores para o setor prossegue, mas não haverá atropelos no andamento das observações e negociações. "Temos a mesma preocupação de três a quatro rodadas atrás. Estamos atentos, procurando reforços, mas não seremos influenciados por resultados. Estamos trabalhando sempre acelerados, porém sem precipitação", disse o gerente de futebol do clube, Felipe Ximenes, à Gazeta do Povo.

A partir da semana que vem, o técnico René Simões terá mais uma opção para dar novo fôlego. Repatriado do futebol europeu, Thiago Gentil será inscrito e poderá ser aproveitado. Mas por não ser um jogador de área, como Ariel ou Hugo, o jogador tende a entrar pressionado e para brigar pela posição de segundo atacante. "Atleta que não esteja acostumado à pressão não pode jogar a Série A. É algo absolutamente normal em qualquer segmento", completou Ximenes.

Um dos reforços possíveis é o de Marcel, atualmente no Vissel Kobe-JAP. Todavia, a situação do jogador ainda parece uma incógnita. Enquanto ele disse na semana passada que deve seguir no Japão, o procurador do atacante, Paulo Afonso, está em Portugal tratando da desvinculação do atleta junto ao Benfica (dono dos direitos federativos). Se isto for viabilizado, ele ganha força no Alto da Glória. Há quem diga também que Marcel ainda poderia retornar ao time português, mas o agente nega esta possibilidade.

Como de praxe, a diretoria não comenta nomes pela imprensa. "Não está fácil buscar no mercado, os destaques logo vão para o exterior e não adianta ficarmos trazendo jogadores que não derem a solução para as nossas carências", concluiu Ximenes.

Márcio Gabriel e Pereira liberados, mas ainda são dúvidas

O lateral-direito Márcio Gabriel e o zagueiro Pereira foram liberados pelo departamento médico do Coritiba e poderão ser as novidades entre os relacionados para o jogo contra o Botafogo. As duas situações serão analisadas por René Simões no treinamento desta terça-feira, no Couto Pereira. O caso de Jeci, com uma entorse no joelho esquerdo, também não está definido e ele é outra dúvida. Enquanto estes três são esperados nos treinos com bola, os demais lesionados seguem em tratamento e estão fora.

"O Ariel completou pouco mais de uma semana da lesão no ligamento e está vetado pelos próximos dois jogos. O Felipe teve aquele problema abdominal e segue em reabilitação, aos poucos vai reiniciar os treinos físicos. Já o Cleiton deve ter condições de voltar antes dos outros, ele já iniciou os trabalhos físicos e talvez possamos liberá-lo para o jogo do fim de semana, contra o Atlético-MG", explicou o médico Walmir Sampaio.

Por outro lado, o meia Carlinhos Paraíba cumpriu suspensão e estará de volta diante do Fogão.