Luiz Gustavo assume papel de coadjuvante
Reserva do Bayern de Munique e um desconhecido para a grande maioria da torcida brasileira até antes da convocação para a Copa das Confederações, Luiz Gustavo surpreendeu ao começar a competição como titular. Ele admitiu o papel de coadjuvante na equipe, apesar de ter um importante papel tático no esquema de Felipão.
"Eu estou disposto a ajudar. Tenho bastante vontade, bastante desejo de no final disso tudo todo mundo estar comemorando e estar feliz. Esse é meu principal objetivo. Se para isso eu tiver que ficar roubando bola o jogo todo, correndo o tempo todo vou fazer isso com o maior prazer", disse Luiz Gustavo.
O futebol encantador da Espanha na estreia da Copa das Confederações, domingo, na vitória sobre o Uruguai, reforçou o favoritismo espanhl, no torneio. Nesta segunda-feira (17), o lateral-esquerdo Marcelo e o volante Luiz Gustavo concederam entrevista coletiva em Fortaleza e foram diversas vezes questionados sobre um possível duelo contra os espanhóis.
Luiz Gustavo, que enfrentou o Barcelona na semifinal da Liga dos Campeões pelo Bayern de Munique, até respondeu aos questionamentos. Mas Marcelo, do Real Madrid, se irritou com as perguntas sobre o eventual confronto.
"Vocês [jornalistas] falam da Espanha como se a Espanha estivesse na final esperando a gente. A gente começou a jogar agora. Tem que jogar contra o México, a Itália. Vocês colocam a Espanha na final. A gente não fica escolhendo seleção para jogar pode ser a Espanha, pode ser o Taiti", reclamou Marcelo.
Antes ele havia sido questionado se existia uma vontade do grupo em enfrentar a Espanha para, em caso de vitória, encerrar desconfianças. "Acho que não tem essa desconfiança, até porque o Brasil só jogou contra a Espanha muito tempo atrás [o último jogo foi há 13 anos]. Se vier Espanha, a gente vai estar tranquilo. A gente vai para o segundo jogo, não tem nem por que ficar falando de Espanha", comentou, lembrando que o último confronto entre os dois times foi em 1999.
Sobre o México, adversário da seleção brasileira nesta quarta-feira, em Fortaleza, Marcelo negou que haja um sentimento de revanche por causa da derrota na final dos Jogos de Londres. "Eu não tenho o México entalado na garganta", assegurou.
Ele não vê motivos para o Brasil ter uma preocupação exagerada com o rival latino. "O México tem uma grande seleção, mas aqui é Brasil. Do mesmo jeito que a gente pode pensar que o jogo vai ser difícil para a gente, tenho certeza que vai ser difícil para eles também", declarou.
Em seguida, perguntado se a equipe está pronta para enfrentar uma seleção que ataca como a mexicana, Marcelo mais uma vez mostrou-se desconfortável: "Se a gente não tivesse pronto não era nem para estar aqui. A gente está pronto desde o início", respondeu.