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Os vencedores do dia: Jenson Button ganhou a prova, mas Felipe Massa, com um terceiro lugar, encostou em Alonso e ajudou a Ferrari a disparar na liderança do Mundial de Construtores | Mick Tsikas/Reuters
Os vencedores do dia: Jenson Button ganhou a prova, mas Felipe Massa, com um terceiro lugar, encostou em Alonso e ajudou a Ferrari a disparar na liderança do Mundial de Construtores| Foto: Mick Tsikas/Reuters

Melbourne - A Red Bull tem o carro mais rápido da Fórmula 1, embora ainda não totalmente confiável. Um piloto bem talentoso, mas inexperiente, Sebastian Vettel, e outro, Mark Webber, abaixo do nível da equipe. A Ferrari não tem um carro tão rápido, mas é mais resistente, e dois pilotos espetaculares, Felipe Massa e Fernando Alonso.

Assim, no espetacular e sempre imprevisível GP da Austrália, disputado ontem em Melbourne, vencido pelo atual campeão do mundo, Jenson Button, da McLaren, Vettel abandonou, Webber errou muito, acabou em nono, mas Massa conquistou o segundo pódio consecutivo, com a terceira colocação, e Alon­­so ficou com o quarto lugar. Isso fez com que a Ferrari já some 70 pontos contra 18 da Red Bull, apesar da vantagem técnica da escuderia de Vettel e Webber.

Massa era um homem feliz: "Nun­ca tive um início de temporada tão bom", afirmou. Foi segundo no GP de Bahrein. Terminar na frente de Alonso e reduzir a diferença entre ambos de sete para quatro pontos (37 a 33) foi muito importante para Massa. Ambos continuam líder e vice-líder do Mun­­dial. A conquista impõe respeito a Alonso.

"Não posso dizer que foi a mi­­nha melhor prova. Desde ontem (sá­­bado) sofri bastante com a temperatura dos pneus, o carro não estava fácil de guiar, em especial no molhado", revelou Massa.

O piloto da Ferrari largou em quinto e depois da primeira curva já era segundo. Com menor aderência dos pneus, em razão da baixa temperatura, perdeu posições na pista. Na 35.ª volta, Alonso já estava próximo da traseira do carro de Massa, após dar show ao ultrapassar vários adversários.

O espanhol estava mais rápido que Massa, por não enfrentar as di­­ficuldades para aquecer os pneus. "O estilo dele pilotar, a forma de frear, permitiam a seus pneus aquecerem melhor", explicou Massa. Mas Alonso não conseguiu superar o companheiro de Ferrari.

Robert Kubica, da Renault, terminou em segundo. Rubens Barri­chello, da Williams, oitavo, marcou pontos como em Bahrein, enquanto Lucas Di Grassi, da Virgin, abandonou na 26.ª volta, com pane hidráulica, mesmo problema de Bruno Senna, da Hispa­­nia, na quarta.

Porém Bruno Senna ficou contente por ao menos o companheiro de Hispania, Karun Chandhok, ter conseguido concluir a prova. "É uma evolução", ressaltou.

Lewis Hamilton, da McLaren, que terminou apenas na sexta colocação, disse que "pilotou com o coração e merecia algo melhor".

Com razão. Mark Webber, Red Bull, o colocou para fora no final. Hamilton fez uma expressão facial que soou pior que um xingamento ao australiano depois da corrida.

Mais chateado que ele, só Vettel, que pela segunda vez não venceu mesmo tendo o melhor carro. "É mui­­to difícil não aceitar ganhar corridas que estavam nas minhas mãos. Mas para vecê-las, é preciso terminá-las", afirmou.

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