A Fórmula 1 conhecerá no próximo dia 2 de novembro o 30º campeão mundial diferente de sua história, Lewis Hamilton ou Felipe Massa. O ponto alto para qualquer um dos dois pilotos, que tiveram suas carreiras na categoria detalhadamente programadas e conduzidas pelos homens mais poderosos dos dois maiores times da história da F-1.
A trajetória de Massa começou em 2001, quando ele tinha 20 anos, em um escritório da Ferrari em Maranello. O brasileiro, então um piloto promissor da F-3.000 européia, e seu empresário foram apresentados ao diretor esportivo Jean Todt, principal pilar do hexacampeonato que Michael Schumacher começara a construir no ano anterior. Conversa rápida, em que o francês pouco falou, embora tenha se impressionado com o currículo do garoto.
Meses mais tarde, no segundo encontro com Todt, Massa deparou-se com um contrato pronto. Seria, no papel, piloto da Ferrari, mas a escuderia o emprestaria à Sauber. Espécie de equipe-satélite do time italiano, a escuderia suíça aceitou dar um cockpit ao jovem brasileiro em 2002, em troca de um desconto na compra dos motores da Fiat, que lhe consumiam US$ 25 milhões por ano. O acordo previa outras duas condições: Nicolas Todt, filho de Jean, passaria a ser o agente de Massa e a parceria seria anulada caso alguma das partes a tornasse pública. O silêncio só foi rompido no fim de 2005, com Massa oficialmente anunciado como novo piloto da Ferrari, em substituição a Michael Schumacher.
A relação de Hamilton com Ron Dennis, o chefe da McLaren, é mais antiga e íntima. Em 1997, a escuderia inglesa e a montadora alemã Mercedes-Benz desenvolveram o programa "Campeões do Futuro", pelo qual escolheriam dois pilotos para bancar até eles chegarem à Fórmula 1. Os escolhidos: Wesley Graves, 11 anos, e Lewis Hamilton, 12.
Graves foi dispensado pouco tempo depois. Deprimido, levou os pais a tirarem de casa tudo o que remetesse aos tempos de piloto. Hamilton, dez anos depois, era o primeiro negro a chegar à Fórmula 1. Notícia que recebeu do próprio Dennis, na casa do chefão da McLaren.
Por pouco o inglês não se tornou o mais jovem piloto a sagrar-se campeão da categoria. Liderou boa parte do campeonato do ano passado, mas sucumbiu à pressão de ser campeão tão jovem e, especialmente, à guerra interna travada com Fernando Alonso. Situação que nem o apoio irrestrito de Dennis foi capaz de amenizar.
Em Interlagos, Hamilton e Massa terão a chance de recompensar o apoio recebido de seus padrinhos ilustres.
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