Luiz Felipe Scolari deixou o Chelsea sem ter vencido um único clássico na Inglaterra: segunda demissão na carreira do treinador| Foto: Carl de Souza/AFP

O sorteio das oitavas-de-final da Liga dos Campeões foi ruim para o técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari por motivos que vão além do encontro do Chelsea, seu ex-clube, com uma outra potência europeia, o Juventus. O problema adicional estaria no banco da equipe de Turim: o treinador italiano Claudio Ranieri.

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Ele comandou a equipe londrina entre 2000 e 2004, antes de ser demitido para a entrada do português José Mourinho, e uma derrota em casa, no estádio Stamford Bridge, no jogo do próximo dia 25 contra a atual equipe de Ranieri, é um risco que a diretoria dos Blues quer tornar o menor possível.

"A diretoria estava disposta a esperar até o jogo de ida contra o Juventus para decidir sobre o futuro de Scolari, mas começaram a temer seriamente por uma derrota para Ranieri. Eles não querem ser humilhados em casa pelo técnico que eles demitiram por considerarem incapaz de dirigir o time alguns anos atrás", explicou Martin Lipton, repórter que acompanha o dia-a-dia do Chelsea para o tablóide "Daily Mirror".

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Ele conta que, apesar de o empate em 0 a 0 com o Hull City no último sábado pelo Campeonato Inglês, também em Stamford Bridge, ter sido a gota d'água para a demissão de Felipão, as incertezas da diretoria começaram semanas antes. Foi após outro jogo da Premier League, quando o time sofreu para derrotar em casa o Stoke City, que luta contra o rebaixamento, conseguindo a virada por 2 a 1 no minutos de acréscimo ao tempo normal da partida, que a dispensa do técnico começou a ser realmente considerada:

"Apesar de ter sido a partida em que todos os jogadores correram para abraçar Scolari na comemoração do gol que valeu a vitória, eu falei com um membro da diretoria, que me disse, espantado: "Nosso time está brigando pelo quarto lugar!"