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Renan Rocha em ação no CT do Caju: jovem goleiro atleticano ganhou, ao menos por enquanto, a confiança da diretoria | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Renan Rocha em ação no CT do Caju: jovem goleiro atleticano ganhou, ao menos por enquanto, a confiança da diretoria| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Camisa 1

Renan Rocha ultrapassou João Carlos na vitória sobre o ACP e se transformou no goleiro mais utilizado pelo Atlético no ano. É dele também a melhor média de gols sofridos:

João Carlos - 8 jogos/12 gols/média 1,50

Silvio - 7 jogos/10 gols/média 1,43

Renan Rocha - 9 jogos/10 gols/média 1,11

Um dos destaques do Atlético na surpreendente campanha no Brasileirão de 2010 fez muita falta em grande parte dos jogos do time na atual temporada. O goleiro Neto, que se transferiu para a Fiorentina da Itália, deixou a torcida e a diretoria atleticanas inseguras e com uma pulga atrás da orelha. Não à toa que três atletas diferentes defenderam a meta do time em 24 jogos no ano.

O primeiro, João Carlos, não agradou. Chegou a ser vaiado em algumas ocasiões e acabou sendo emprestado para o Atlético-GO como moeda de troca depois de oito partidas. A meta, então, foi assumida por Silvio, que chegou do Internacional B para com­­por o elenco e até levou alívio aos torcedores em sete jogos, mas um empate diante do Co­­rinthians-PR na Arena motivou a dispensa dele e de mais três jogadores.

Revelação

A ingrata missão de levar paz ao campo minado da meta rubro-negra ficou a cargo de Renan Rocha, de 24 anos, oriundo das categorias de base do clube. E, jogo após jogo, o jovem arqueiro vem dando conta do recado e transformando a desconfiança em coisa do passado. Tanto é assim que, contra o Paranavaí no último sábado, alcançou nove partidas na temporada, marca superior à de João Carlos e Silvio.

Além da quantidade de minutos em campo, Renan Rocha tem uma média melhor de gols sofridos em relação aos goleiros que o antecederam. No total, foi buscar a bola no fundo das redes em dez ocasiões, garantindo uma média de 1,1 gol sofrido por jogo. Além disso, com ele em campo, o Atlético não foi vazado em três partidas, contra o Paulista pela Copa do Brasil, e Cascavel e Cia­­nor­­te pelo Paranaense.

O diretor de futebol, Valmor Zimmermann, acredita que a opção pelo arqueiro que veio da base atleticana foi a mais correta – e a mais viável à época. "Em momento algum ele comprometeu. O problema é quando o goleiro começa a sentir a pressão, alguns lances ruins aparecem. Tem que ter tranquilidade. Mas, até agora, ele está aprovado", disse.

Apesar dos números e da aparente estabilidade, o goleiro não é unanimidade entre a diretoria e o comando técnico. Com o Cam­­peonato Brasileiro prestes a começar e a Copa Sul-Americana no calendário, existe a chance de um no­vo arqueiro desembarcar na A­rena e deixar Renan Rocha novamente assistindo aos jogos no banco de reservas. "Estamos tro­cando ideias com o treinador mas, em prin­­cípio ele é o goleiro. Se aparecer algo bom, podemos fa­zer algum negócio, mas não tem na­­da ainda", afirmou Zimmermann.

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