Kuala Lumpur, Malásia - Que sirva de exemplo para todos os pilotos da Fórmula 1: mentir para os comissários desportivos custará a desclassificação da prova. Foi esse o ensinamento que o inglês Lewis Hamilton (McLaren), atual campeão mundial, aprendeu ontem na Malásia. Com a punição dele por ter mentido em seu depoimento, o italiano Jarno Trulli, da Toyota, recuperou o terceiro lugar conquistado no GP da Austrália, domingo, em Melbourne.
Ainda no domingo, Trulli tinha sido punido com o acréscimo de 25 segundos ao seu tempo final de prova por ter ultrapassado Hamilton quando o safety car estava na pista, o que é proibido na Fórmula 1. Assim, apesar de ter terminado a corrida em terceiro lugar, o italiano da Toyota ficou com a 12ª posição, o que levou o inglês da McLaren ao pódio a vitória foi do inglês Jenson Button, seguido pelo seu companheiro na Brawn GP, o brasileiro Rubens Barrichello.
Ontem, já na Malásia, onde ocorre a segunda etapa da temporada, os comissários da Fórmula 1 tomaram uma medida inédita na Fórmula 1, ao recolocar Trulli na terceira posição. O motivo para isso foi bastante simples: Hamilton mentiu durante seu depoimento realizado logo depois da corrida na Austrália, o que foi comprovado após a análise da conversa por rádio entre o piloto inglês e a sua equipe durante a prova em Melbourne.
Para a imprensa, Hamilton disse que permitiu a Trulli ultrapassá-lo porque recebeu a ordem via rádio da sua equipe. Para os comissários, no entanto, falou que foi ultrapassado por Trulli porque, "distraído", observava no painel da McLaren a orientação de velocidade agora exigida quando o safety car entra na prova.
Ontem, os comissários descobriram que Hamilton recebeu mesmo a ordem da McLaren. Por mentir, independentemente de ter sido beneficiado, o inglês foi desclassificado do GP da Austrália. E a McLaren, por ter participado da tentativa de jogar a culpa em Trulli, também foi excluída.