São Caetano do Sul – O "milagre" conseguido pelo Grêmio,sábado, no retorno à Série A – vencer o Náutico depois de ficar com quatro jogadores a menos em campo e o adversário ter dois pênaltis a seu favor – virou uma das principais motivações na luta do Coritiba para permanecer na Primeira Divisão.

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"Mesmo que a nossa chance de ficar fosse de 0,001 %, teríamos de acreditar. Qual era a porcentagem do Grêmio ontem (sábado)?", questionou o técnico Márcio Araújo, que já havia usado o exemplo na preleção antes do jogo.

Para aliviar a preocupação decorrente de o Coxa não depender apenas de si, o treinador lembrou também da maneira como livrou o Paraná do rebaixamento em 1998. "Daquela vez escapamos com um gol em outra partida no último minuto da última rodada", recordou Araújo – ele se refere ao gol marcado pelo palmeirense Oséas em cima do América-MG, que acabou caindo para a Segundona.

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"É perfeitamente possível que algum resultado nos ajude. Acho que na verdade os resultados estão acontecendo para manter o Coritiba na série A", acrescentou o técnico, sem perder seu otimismo característico.

O trabalho motivacional terá de ser forte durante a semana, porque os jogadores parecem ter sentido o golpe. "O baque foi grande. O time jogou pra caramba, mas não dá para deixar um jogador como o Claudecir dominar a bola na área aos 43 minutos do segundo tempo", lamentou o zagueiro Anderson.

Um integrante da comissão técnica, ao saber que o Figueirense havia vencido o Brasiliense e não poderia mais ser alcançado pelo Coritiba, deixou escapar um "Agora acho que já era". Certamente muitos gremistas pensaram parecido antes de o goleiro Galatto defender o pênalti do Náutico e Anderson fazer o gol da redenção gaúcha no sábado. (NF e RF)