José Mourinho teve o contrato renovado com o Real Madrid até 2016| Foto: AFP

Não foram suficientes a estreia da camisa 2, a "jogadeira", e o recorde de público no Couto Pereira neste Brasileiro (20.274 pagantes, 22.389 total). Do outro lado, Neymar fez a diferença. Com dois gols do atacante, o Coxa perdeu de virada para o Santos, por 2 a 1.

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A derrota empurrou o Al­­vi­­verde para a 15.ª colocação, diminuindo para quatro pontos a diferença em relação à zona do rebaixamento.

Antes da partida, todos no Coritiba diziam que o maior problema era marcar o melhor jogador no Brasil. Na maior parte do jogo, Gil e Willian se revezaram, com sucesso, na marcação do astro. Além deles, a pressão das arquibancadas também era grande cada vez que o jovem santista pegava na bola. Se um alviverde a roubava dele, a comemoração era de gol.

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Com Neymar sob controle, o gol de Deivid, no pri­­mei­­­ro tempo, dava a terceira vitória seguida aos donos da casa. Euforia que mudou para apreensão em 12 minutos. O perigoso camisa 11 do Peixe precisou de pouco tempo para mostrar que merece toda a preocupação dos rivais. Com dois gols, selou a primeira derrota do técnico Marquinhos Santos no comando do Coxa.

Aos 25/2.º, ele fez fila na de­­fesa coxa-branca, que segue sendo a pior do campeonato, com 45 gols sofridos. Limpou cinco adversários antes de empurrar para a rede. Gol de placa.

Já a virada surgiu aos 37, em um lance no qual os alviverdes pediram falta de Bill em Escudero – o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, disse, inclusive, que o clube vai protestar contra a arbitragem. Neymar aproveitou o rebote de Vanderlei.

Mesmo com o triunfo, o técnico Mu­­ricy Ramalho não aparentava muita felicidade após o jogo. Culpa do cartão amarelo que a estrela do Santos tomou por demorar muito na comemoração do segundo gol, o que o suspendeu da próxima partida, com a Portuguesa.

"O futebol está ficando muito chato. Tem de falar para o Neymar chorar quando faz o gol", ironizou. "Ele é o melhor jogador do Brasil. Às vezes pegam demais no pé de­­le. Tudo que é falta chiam para tirar ele do campo. É o grande jogador que traz o público para estádio", completou o treinador.

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Já o próprio jogador preferiu não reclamar da pressão que sofre. "Quero que continuem gritando, pois eu não vou responder com as mesmas palavras porque a minha família me deu educação. Eu respondo com gols", disse.

Para os coxas-brancas, restou a lamentação pela quinta derrota no Couto Pe­­reira neste Brasileiro. "Foram duas situações determinantes para o jogo por causa do talento do Neymar", admi­­tiu Marquinhos Santos.

"Ti­­vemos chances antes [de ampliar] e não aproveitamos. O próprio Deivid comentou que poderia ter matado o jogo", opinou Willian, que tinha dito antes a frase que todos no estádio viram: "O gu­­ri [Neymar] é um monstro da bola".