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Levantada como solução para garantir a segurança em dia de futebol em Curitiba, a adoção de jogos com torcida única foi eficiente no combate ao principal problema da modalidade na Argentina: a violência nas imediações dos estádios. A medida é implantada desde 2007, quando a Justiça do país determinou que os jogos da Segunda e Terceira divisões locais fossem assistidas da arquibancada somente por torcedores do mandante. As ocorrências policiais nos estádios diminuíram consideravelmente. Em clássicos mais importantes, como Boca x River ou Rosário x Newell’s, as poucas experiências também foram bem sucedidas.

"No momento do jogo as coisas melhoraram, a violência diminuiu. É lógico, só tem uma torcida no campo", disse o argentino Manolo Epelbaum, comentarista do canal Sportv.

Na Europa, a situação foi contornada mesmo com a presença de torcidas rivais nos jogos. Considerada referência mundial no combate à violência no futebol, a Inglaterra adotou uma dura política contra os torcedores ba­­derneiros e praticamente extinguiu as brigas dentro dos estádios. Apostando na inteligência e na eficiência de uma polícia especializada, a tática utilizada é a da prevenção, não a da repressão. O rigor da lei, que pode até impedir um agitador de frequentar os campos pelo resto da vida, é outro forte aliado. Alemanha e Holanda também conseguiram resultados significativos.

"Tem questões culturais relacionadas, mas, a princípio, como a punição é bem maior, as pessoas ficam menos incentivadas a arrumar confusão", explica o pesquisador da Universidade de Liver­­pool e doutorando em Indústria do Futebol, Oliver Seitz.

"O problema é grave lá também, como em todos os lugares, mas a prevenção é muito maior e tem mais policiais".

Apesar disso, o cenário de confusões insiste em se repetir, como no clássico entre os times londrinos West Ham e Millwall, pela Copa da Liga Inglesa, no dia 25/9. O duelo foi marcado por brigas antes, durante e após a partida. O saldo foi de dezenas de feridos, além de um homem esfaqueado.

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