Na guerra de palavras contra Manchester, estratégia de Felipão é não falar

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Na última segunda-feira, a justificativa do técnico do Chelsea, Luiz Felipe Scolari, para não falar sobre o clássico de domingo, contra o Manchester United, pelo Campeonato Inglês, era o jogo contra o Bordeaux, estréia da equipe da capital inglesa Londres na Liga dos Campeões da Europa. E, ainda, o fato de que ele não saber o que aconteceria até domingo. Ele poderia, inclusive, estar morto. O Chelsea venceu por 4 a 0 em casa e Felipão não morreu, mas o único comentário que quis fazer sobre o confronto contra os atuais campeões da Europa e da Inglaterra era o de que daria folga e descanso para todos os jogadores nesta quarta-feira porque estava muito feliz com o triunfo sobre os franceses.

Depois de as duas equipes disputarem até o momento final os últimos títulos da Liga dos Campeões e do Campeonato Inglês, o novo confronto entre elas começou antes mesmo de esta temporada se iniciar. Foi quando o escocês Alex Ferguson, técnico do Manchester, afirmou que não via como um elenco ainda mais envelhecido, e provavelmente já em declínio após o auge sob o comando do português José Mourinho no bicampeonato inglês de 2004/05 e 2005/06, conseguiria melhorar o resultado obtido na última temporada. Já no comando do Chelsea àquela época, Scolari também preferiu não responder as provocações de Ferguson.

Certo ou não com a sua estratégia, o brasileiro tem o apoio do capitão da equipe, o zagueiro inglês John Terry. Perguntado se teria alertado Felipão sobre a guerra psicológica que Alex Ferguson, conhecido por esse tipo de tática, deve tentar travar esta semana, ele deu seu voto de confiança:

"Acho que nosso técnico é experiente o suficiente para saber como agir e não se abalar com esse tipo de jogo".

A experiência do brasileiro, especialmente no comando da seleção portuguesa, pode ajudar ainda a parar o astro de Portugal e do Manchester Cristiano Ronaldo, que retorna à equipe após uma cirurgia no tornozelo para o confronto desta quarta em Manchester contra os espanhóis do Villareal, pela rodada inicial da primeira fase da Liga dos Campeões. Mas não é só com Ronaldo que Terry se preocupa:

"Berbatov é um jogador de primeira linha internacional e, por isso, está em um dos melhores times do mundo. Tevez também será muito difícil de parar", analisou, referindo-se aos atacantes búlgaro, recém-contratado pelo Manchester ao Tottenham, e argentino, respectivamente.