Maurício Cardoso também pode voltar ao Coritiba
As mudanças no departamento de futebol do Coritiba não devem se resumir à chegada confirmada de Ney Franco e ao iminente retorno de João Carlos Vialle. Maurício Cardoso também está prestes a voltar ao Coritiba. Supervisor e braço-direito de Vialle durante a campanha vitoriosa na Série B de 2007, Cardoso teria sido indicado pelo médico para retornar ao clube. Se repetir o cargo de sua última pelo Alto da Glória, de supervisor, Cardoso deverá provocar mais uma saída do departamento de futebol alviverde: a de Paulinho Alves, que atualmente exerce a função. Seria a terceira baixa no setor, que já teve a saída do técnico René Simões, no domingo, e do diretor de futebol Homero Halila, na segunda-feira.
Ney Franco é o novo técnico do Coritiba. A negociação foi encerrada no fim da noite desta segunda-feira (10), em um encontro no Rio de Janeiro entre o treinador, o presidente do Conselho Deliberativo alviverde, Tico Fontoura, o diretor de relações institucionais Ricardo Gomyde e o coordenador de futebol Felipe Ximenes.
Substituto de René Simões, demitido após a derrota por 3 a 1 para o Cruzeiro, domingo, no Couto Pereira (clique aqui e veja a salada tática feita por René), Ney inicia o seu segundo trabalho no futebol paranaense quinta-feira, em princípio acompanhando das cabines o jogo do Coxa contra o Vitória, em Salvador, pela Copa Sul-Americana. Ele não descarta, contudo, a hipótese de já treinar o time. Na pior das hipóteses, sua estreia no banco de reservas será domingo, contra o Fluminense, pelo Brasileiro.
Na sua primeira passagem pelo futebol paranaense, entre 2007 e 2008, Ney evitou o rebaixamento do Atlético à Série B e classificou o time da Baixada para a Copa Sul-Americana. Missão similar àquela que o espera no Alto da Glória.
"A ideia é dar um choque no time para tirá-lo da zona de rebaixamento em quatro, cinco jogos. Está fácil sair da zona de rebaixamento, estamos apenas a um ponto do lado de fora dela. Depois, pensamos em Sul-Americana e, dependendo de como caminhar, até no G4", planejou o novo treinador coxa-branca, em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, por telefone, no fim da noite desta segunda-feira.
Confira como foi a conversa com o novo treinador alviverde:
Gazeta do Povo: Ney, tudo certo com o Coritiba?Ney Franco: Tudo certo, fechado. Estou animado, satisfeito e motivado. Já conhecia o Felipe (Ximenes), agora conheci o (Ricardo) Gomyde e o Tico (Fontoura). O acerto foi muito rápido.
Gazeta do Povo: Era um namoro antigo. O Coritiba já havia tentado te contratar duas vezes, não?Ney: Isso. Na época eu estava com compromisso em vigor com o Botafogo e meu perfil é de procurar cumprir os contratos. Agora coincidiu de o Coritiba precisar de técnico e eu sair do Botafogo. Sabíamos que ia acontecer algum dia, e esse é um momento bom.
Gazeta: O Moacir Pereira (auxiliar) vem com você?Ney: Olha... (interrompe a ligação e conversa com os dirigentes por cerca de dez segundos). O Moacir é certeza que vai, mas ainda estamos vendo como vai ficar o restante da comissão.
Gazeta: Qual a sua programação: vem a Curitiba na terça, segue para Salvador?Ney: Vou direto para Salvador, me apresento ao grupo no hotel. A tendência é acompanhar o jogo e ir para o campo domingo, aqui no Rio, contra o Fluminense.
Gazeta: Então é certo que você não vai para o banco em Salvador?Ney: Certo não. Prefiro trocar um ideia antes de definir alguma coisa, mas de repente até vou para o campo. O Felipe já está me arrumando o material dos últimos jogos para eu observar o time.
Gazeta: O que é o mais importante a ser feito para tirar o Coritiba da zona de rebaixamento?Ney: Primeiro, é uma equipe que tem potencial muito grande e que tem jogado bem, embora seja infeliz nos resultados. Vou dar continuidade ao trabalha do René, ligarei a ele, que é uma pessoa a quem respeito muito, com quem tenho amizade. Só vamos mudar alguns detalhezinhos.
Gazeta: O que espera do Marcelinho Paraíba?Ney: Conheço muito bem o Marcelinho. Joguei contra ele no Carioca. É um atleta que pode atuar tanto como meia como de atacante. Tem uma qualidade técnica que se traduziu no gol contra o Cruzeiro. A idéia é sugar o máximo dele na parte técnica e tática e também na parte comportamental. Sabemos da ascendência que ele tem sobre o grupo, de como está adaptado ao clube. A ideia é dar um choque no time para tirá-lo da zona de rebaixamento em quatro, cinco jogos. Está fácil sair da zona de rebaixamento, estamos apenas a um ponto do lado de fora dela. Depois, pensamos em Sul-Americana e, dependendo de como caminhar, até no G4.
Perfil
Ney Franco da Silveira - 22/7/1966 (43 anos)Clubes: Cruzeiro (2004), Ipatinga (2005/06), Flamengo (2006/07), Atlético (2007/08) e Botafogo (2008/09).Títulos: Mineiro (2005), Copa do Brasil (2006) e Carioca (2007).
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