"Não voltar à Primeira Divisão é um desastre". Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo no dia 10 de novembro, véspera do jogo contra o Atlético-MG, o presidente do Coritiba Giovani Gionédis mostrava-se confiante, apesar do árduo caminho que o Alviverde teria de percorrer se quisesse voltar a elite do futebol brasileiro. Depois de perder para o Galo dentro de casa e empatar com o Gama no Distrito Federal, os piores temores de Gionédis se tornaram realidade.
O clima de incerteza paira sobre o Alto da Glória. Não sabe-se quem vai permanecer, quem vai ser dispensado, se a diretoria continua no comando do clube, e como será possível montar uma equipe competitiva com uma verba ainda menor em 2007. A derradeira partida do Verdão na Série B, contra o Avaí, neste sábado, já não vale nada em termos de classificação e parece ser o menos importante neste momento.
Nesta terça-feira, o elenco coxa-branca se reapresenta no CT da Graciosa. Nem mesmo o técnico Paulo Bonamigo sabe se vai permanecer, por isso a meta dos jogadores para este último jogo deve ser vencer, para terminar a competição da forma mais digna possível. O jogo contra os catarinenses também deve ser marcado por uma onda de protestos por parte da torcida. A Império Alviverde, principal facção da torcida organizada do clube, já manifestou o desejo pela saída de toda a diretoria. Outras manifestações estão sendo organizadas pela internet e deve tumultuar ainda mais o ambiente dentro e fora do Alviverde.
Comenta-se nos bastidores que uma lista de dispensas já estaria a caminho, e nela devem constar, em sua maioria, os jogadores que tem os contratos vencendo em dezembro deste ano ou em janeiro do ano que vem. Neste perfil aparecem os goleiros Artur e Kléber, além do ala Andrezinho, dos zagueiros Índio, Leandro e Marcelo Batatais, além dos meias Cristian, Paulo Miranda, Rodrigo Batatinha, Luciano Santos, Jackson e os atacantes William e Vinicius.
Os cofres do clube também devem sofrer em 2007 com o revés do time na Série B. A cota da equipe referente aos direitos cedidos a televisão deve cair drasticamente, passando de R$ 5,5 milhões, valor recebido neste ano, para "apenas" R$ 3,3 milhões. A permanência do Coxa na Segundona já acarreta um prejuízo de R$ 3 milhões em 2006. Com a provável dispensa de mais da metade do elenco, a pressão deve recair sobre os "pratas da casa", como o zagueiro Henrique, o ala Ricardinho, o meia Renan e os atacantes Anderson Gomes e Keirrison.
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