Gustavo Nadalin disse que membros de organizadas tentaram assaltar ônibus do clube| Foto: Albari Rosa / Agência de Notícias Gazeta do Povo

O coordenador do departamento jurídico do CoritibaGustavo Nadalin, disse, nesta quarta-feira (6), por telefone, à Gazeta do Povo, que ficou surpreso com a notícia de investigação do Ministério Público do Consumidor por conta da suposta proibição de integrantes de torcidas organizadas em frequentar o estádio Couto Pereira.

CARREGANDO :)

Segundo ele, o fato causa estranheza, pois o clube não estaria impedindo torcedores individualmente de frenquentar o estádio. "Entendemos que o interesse individual não pode sobrepor ao interesse coletivo. Por isso, o que queremos é evitar que fatos como o dia 6 de dezembro do ano passado. Não entendo o que o Ministério Público quer com isso", garantiu.

Nadalin acrescentou que o clube não é contrário às facções organizadas, mas que dentro do Couto Pereira é melhor descaracterizá-las para evitar novos problemas. Hoje estão proibidas faixas, camisetas ou qualquer roupa que faça alusão às organizadas, principais resposáveis pelo quebra-quebra no dia 6 de dezembro de 2009, após o empate com Fluminense, na última rodada do Brasileirão.

Publicidade

"Elas (organizadas) alegam que o clube quer acabar com as torcidas. Não é nada disso. O clube não proíbe ninguém de se associar, de participar dessas facções. No entanto, dentro do estádio, o Coritiba acredita estar no seu direito de estabelecer algumas regras", argumentou o advogado.

Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, a Promotoria de Defesa do Consumidor de Curitiba esclareceu que foi procurada no dia 14 de setembro pelo advogado do Coritiba e pelo presidente da Império, Luiz Fernando Corrêa, o Papagaio, a respeito do retorno da organizada aos estádios. O órgão de justiça argumentou que o Estatuto do Torcedor reconhece a existência das torcidas organizadas e que o acesso delas ao estádio só pode ser proibido por decisão judicial. Como o Coritiba impediu a entrada de torcedores organizados, o MP instaurou uma investigação para apurar o caso, pois pode ter havido ofensa ao direito do torcedor, que foi equiparado por lei a consumidor. Confira a íntegra da nota clicando aqui.

Clube alega tentativa de roubo

No mesmo documento enviando em resposta ao Ministério Público do Consumidor, o Coritiba revela que no dia 18 de setembro, data do jogo com a Portuguesa, o primeiro após a suspensão de dez jogos imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), integrantes de uma torcida organizada tentaram assaltar o ônibus da equipe infantil do Coritiba. "Eles tentaram derrubar um funcionário do clube, que estava na porta, para roubar o material das crianças. Todos trajavam roupas de organizadas", garante Nadalin, sem citar o nome da torcida.

Publicidade