O “ecoestádio” do J. Malucelli

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Imagine um estádio de futebol com capacidade para seis mil torcedores, sem concreto aparente e desprovido de qualquer armação de arquibancadas tubulares. Em lugar do cimento e do metal acinzentado, grama verdejante. O que à primeira vista pode parecer um devaneio, foi a solução – inovadora, econômica e ambientalmente exemplar – para fazer "mudar de ares" o J. Malucelli.

A partir desse mês, o Jotinha deixará de mandar seus jogos em São José dos Pinhais para jogar em sua nova casa, o Estádio Janguito Malucelli, concebido em total harmonia com o ambiente onde antes funcionava o centro de treinamentos do clube. Segundo Joel Malucelli, presidente de honra do clube, a mudança foi motivada pela tentativa de se aproximar da torcida, tendo em vista que o Xingu, onde o time mandava seus jogos na região metropolitana, ficava em uma região de difícil acesso. "Em Curitiba ficará mais fácil angariar torcedores. Também pretendemos incentivar os nossos empregados, familiares e clientes a freqüentarem o nosso novo estádio", diz Malucelli.

De acordo com o dirigente, a inusitada opção pelo "ecoestádio" (que deve ser inaugurado durante as disputas da segunda fase do regional) foi primeiramente motivada pelo aspecto financeiro. "Custará bem menos aos cofres do clube do que se fizéssemos arquibancadas de concreto", afirma. A localização, em meio à exuberante área verde, também inspirou o projeto. Para causar o menor impacto ambiental possível, os morros que existiam em torno do campo foram escavados em forma de degraus, receberam o plantio de grama e assentos plásticos. (FM)