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Pode ter sido apenas impressão minha, mas na vitória de ontem do Coritiba sobre o Náutico o técnico Marquinhos Santos mostrou como se comanda e como se ganha o grupo de jogadores.

O anúncio oficial de substituição seria de Éverton Ribeiro por Roberto. Mas a torcida vaiou Éverton após uma jogada de contra-ataque nascida de um toque errado, uma desnecessária tentativa de letra lá na frente. Se saísse ali, certamente levaria uma vaia muito maior, quebrando o encanto do bom astral. O treinador optou por tirar Rafinha, que foi aplaudido e tudo terminou bem.

E assim, sob controle, o Coritiba chegou à quarta vitória consecutiva, oferecendo à torcida o prazer de ver o time jogar bem (o Náutico é um adversário de respeito e valorizou o resultado) e mais feliz ainda com o anúncio oficial da volta do ídolo Alex para a temporada do ano que vem.

Disputa acirrada

O bloco de cima está se desgarrando e dele o Atlético tenta não se afastar. O equilíbrio tem sido tal nesse segundo turno que, mais do que nunca, hoje é de se chorar pelo desperdício de pontos na fase inicial do campeonato. Descartou o que não podia e, como conse­quência, a bela campanha que ora realiza não tem sido suficiente.

Se fosse assim na temporada toda não só não haveria problema de classificação como estaria folgado na liderança. Por isso, agora, não basta continuar sendo bom. Tem de ser ainda melhor, o melhor de todos, para compensar aquele descaso de seus diretores nos tantos e incertos desvios seguidos até a demorada retomada de rumo.

O exemplo da rodada de terça-feira ainda repercute. Vencer bem o Avaí não foi o bastante para melhorar a posição. Serviu apenas para afastar um pouco mais o Joinville. Mas os demais, Criciúma, Vitória, Goiás e São Caetano também venceram e mantiveram suas posições. Vitória e Criciúma, ao natural, contra oponentes frágeis. O Goiás é o melhor no momento e arrebentou o Guarani, enquanto o São Caetano (o concorrente direto do Atlético) passou tranquilo pelo Ceará, que não é de se matar com a unha.

Na próxima rodada todos saem de casa, inclusive o Atlético, que tem o confronto direto com o Vitória. Sem direito a perder ponto, uma vez que o São Caetano, mesmo fora, pega uma barbada que é esse time do Barueri, virtualmente rebaixado e sem torcida.

O Goiás terá dificuldades contra o Avaí, na Ilha, mas tem tudo para passar, enquanto o Criciúma vem a Curitiba pegar o Paraná da gangorra, que perde fora e ganha em casa com incômoda regularidade.

O confronto direto com o São Caetano, no início de novembro, deverá decidir esta vaga pendente – o jogo é lá, onde o Atlético foi campeão brasileiro em 2001. Desde que, é claro, não haja mais desvios de rota pelo caminho atleticano.

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