O mesmo palco

Os torcedores atleticanos anunciam: vão invadir São Caetano do Sul. E, alguns deles, até dispostos a ocupar os espaços destinados à torcida do São Caetano, estão adquirindo ingressos destinados aos mandantes do confronto decisivo do próximo sábado. Tomara que haja bom senso e os organizadores locais saibam administrar essa paixão do torcedor pelo futebol.

Isso porque a disputa direta de uma vaga ao acesso entre os dois clubes não se limita apenas aos dias presentes. Remete lá para trás, à decisão do título de 2001, quando a vitória atleticana permitiu que lá mesmo se iniciasse a festa da conquista do Campeonato Brasileiro, até hoje presente na memória rubro-negra.

O Atlético vive bom momento, ascendente, e pode encaminhar muito bem sua classificação à Primeira Divisão do ano que vem com um resultado positivo. Caso consiga vencer a partida, livra quatro pontos do concorrente direto e passa a lançar os tentáculos para os clubes colocados ligeiramente acima, até mesmo na esperança de conseguir colocação ainda melhor nas poucas partidas ainda restantes da competição.

Até mesmo o empate pode ser bem recebido, por manter a vantagem de um ponto em relação ao seu vice-campeão de 2001. Com boa média de pontuação fora de casa, o retrospecto dá vigor a mais às pretensões atleticanas.

Ainda é cedo para se falar de táticas, técnicas e times, pois os treinadores ainda farão os ajustes finais. Mas, pelo jeito como anda o movimento por aqui, o torcedor deverá fazer com que o Atlético novamente sinta-se em casa jogando no Anacleto Campanella. Mesmo porque os aficionados locais são poucos e não costumam lotar as dependências a eles destinadas. E aí está a razão de a torcida atleticana acreditar no jeitinho de acomodação, mesmo além da cota estipulada para os visitantes.

Metas a cumprir

O ser humano é movido a desafios. Seja no dia a dia, na carreira, nas atividades lúdicas ou esportivas, sempre corre atrás de algum objetivo. No esporte, então, ganha força quando precisa atingir uma meta preestabelecida.

E o Coritiba encontrou o toque de motivação para fechar a temporada em alta: a melhor campanha do segundo turno. Tem o terceiro melhor desempenho no returno, mas a matemática diz ser muito grande a distância para o primeiro colocado. São sete pontos para o Fluminense e quatro para o São Paulo. Nada, porém, que murche o interesse de jogadores e comissão técnica de fazerem o melhor possível até o último dia.

Para quem passou o susto de circular próximo à ZR, o acúmulo de pontos nos jogos finais só dá prazer de pensar no melhor para o ano que vem, com Alex e seus coadjuvantes a fazerem das suas nos gramados.