O chefe da equipe brasileira do judô na Olimpíada de Pequim, Ney Wilson, avaliou como boa a participação da seleção nos Jogos, mas acredita que há espaço para melhorar, principalmente no lado emocional, visando o lugar mais alto do pódio.
A equipe de judô encerrou nesta sexta-feira sua participação na Olimpíada, depois de sete dias de disputas no ginásio da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pequim, levando para casa três medalhas de bronze, duas no masculino e uma no feminino.
Wilson afirmou que na quantidade de medalhas foi o que a Confederação Brasileira de Judô havia traçado como meta, mas admitiu que faltou o ouro em uma das três.
"Com certeza o resultado foi bom. Algumas munições que a gente tinha nós não acertamos, mas isso era esperado. A meta de acertar três tiros nós acertamos, faltou ser no centro do alvo", comparou o chefe da equipe em entrevista após a última luta do pesado João Gabriel Schlittler, que perdeu a final da repescagem e deixou escapar a chance do quarto bronze.
"Nas circunstâncias de competição para as medalhas são pequenos detalhes que importam, e talvez tenha nos faltado esses detalhes", acrescentou.
Entre eles, ele acredita que pode estar a parte emocional, de saber lidar melhor com os momentos cruciais dos grandes torneios, apesar de o Brasil ter registrado um ótimo desempenho no Mundial do ano passado no Rio, emplacando três campeões mundiais (João Derly, Tiago Camilo e Luciano Corrêa).
"Temos que olhar a parte emocional, a parte psicológica, avaliar isso profundamente para ver como podemos atuar de maneira positiva para blindar melhor a equipe nesse aspecto", disse Wilson.
"Acho que esse é um aspecto que talvez tenha alguns pontos que a gente possa corrigir. Mas no quesito da preparação foi tudo como planejado, os próprios atletas reconhecem isso".
Com o desempenho em Pequim, o judô melhorou um pouco em relação a Atenas, quando havia conseguido dois bronzes (Leandro Guilheiro, que repetiu a dose, e Flávio Canto).
Wilson salientou a conquista da medalha no feminino, que considerou bastante importante.
"O feminino quebrou o jejum, era um paradigma que a gente tinha, complicado de quebrar, e a gente trabalhou muito isso", afirmou.
Além do bronze de Ketleyn Quadros, o feminino conseguiu ir para a final do bronze no meio-pesado, com Edinanci Silva, que não conseguiu vencer o combate.
O dirigente ainda chamou a atenção para a grande diversidade que o esporte enfrenta atualmente, em que forças tradicionais como Rússia, França e mesmo o Japão não conseguem mais se impor como antigamente.
"Temos que avaliar esse novo cenário e trabalhar em cima disso. Seguir com os intercâmbios, trazer atletas para lutar no Brasil", concluiu.
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