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Nos últimos 10 metros para sua medalha de bronze nos 100 metros livre, a única coisa que César Cielo pensava era em se esticar o máximo possível para a batida final na piscina do Cubo D'Água. E por pouco não deixou de ser o primeiro nadador do Brasil desde 1996 a ganhar uma medalha individual olímpica.
Para ser mais preciso, a diferença de Cielo para o quinto colocado - ele empatou em terceiro lugar com o norte-americano Jason Lezak - foi de míseros 0s08. Enquanto o brasileiro e o norte-americano garantiram a prata com tempo de 47s67, o lugar seguinte foi para o holandês Pieter van den Hoogenband, que cravou 47s75.
"Nos últimos 10 metros, eu só pensava em me esticar o máximo que dava para tocar na parede. Se você pegar um cronômetro e apertar duas vezes vai dar uns 20 centésimos, e esses 20 centésimos podem ser o céu ou o inferno. Eu podia ser o quarto ou o oitavo e ainda bem que eu tenho o braço grande, porque eu queria estar no céu", disse o Cielo.
As últimas medalhas olímpicas conquistadas pelo Brasil em provas individuais foram na Olimpíada de Atlanta-1996, quando Gustavo Borges ficou com prata nos 200 metros livre e bronze nos 100 metros livre e Fernando Scherer ficou com bronze nos 50 metros livre. Cielo afirmou que para conseguir o resultado, deixou para acordar nesta quinta-feira apenas "quando já estava dentro d'água", pois "nadar de manhã nunca é fácil". O atleta, primeiro brasileiro a conquistar medalha na natação nos Jogos de Pequim, também evitou se cansar muito logo nos primeiros 50 metros da prova para ter pique para chegar ao final com força.
"Hoje mudei minha tática, acabei decidindo não bater perna nos primeiros 50 metros, passei bem relaxado", disse o nadador em entrevista, afirmando que ao nadar na raia 8, próxima à borda da piscina, não precisou se preocupar com o que estava acontecendo à sua volta. Na classificação para a final, ele nadou em raia mais central, enfrentando marolas de outros competidores e a preocupação de saber quem estava ao seu lado.
"O meu (estilo) bem relaxado ficou entre os primeiros, então eu acho que nos 50 metros não tem como segurar não, é passar sem respirar e ver o que dá", disse Cielo sobre as eliminatórias da prova mais rápida da natação, na sexta-feira. O nadador brasileiro disse que está mais rápido e resistente, e que vai agora se concentrar para a prova dos 50 metros. "Vai ser a minha melhor prova, com certeza".
Os 100 metros livre foram vencidos pelo francês Alain Bernard, com tempo de 47s21. Em segundo ficou o australiano Eamon Sullivan, que na véspera havia batido o recorde mundial da prova, fazendo tempo de 47s32.
"Tive oponentes fantásticos que aceleraram na reta final, quero parabenizar eles pelas suas performances. Não se pode nunca olhar um opositor como uma pessoa mais fraca", disse Bernard após receber a medalha de ouro.
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