A seleção brasileira feminina de vôlei, depois de um início arrasador na Olimpíada de Pequim, quer evitar que o fato de ser apontada como maior favorita ao ouro atrapalhe o rendimento dentro da quadra.
As jogadoras até admitem que a forma com que têm jogado justifica estar entre os favoritos, mas dizem que isso não faz com que o país deva ser apontado como o maior deles. Para elas, a tática das outras seleções é jogar a pressão para cima do Brasil.
"Acho que nosso time, até pelo vôlei que tem apresentado, é candidato a medalha, e a gente não está fugindo disso", disse a líbero Fabi.
"Mas tem outras equipes também, só que está todo mundo olhando para a gente. Não tem problema, a gente vai procurar fazer o melhor. A gente vai em busca da medalha", acrescentou.
O time do técnico José Roberto Guimarães, campeão do último Grand Prix, venceu as três primeiras partidas nos Jogos pelo mesmo placar, 3 a 0, incluindo o jogo contra a vice-campeã olímpica Rússia e o desta quarta-feira contra a perigosa Sérvia.
"A gente, na verdade, não leva muito em consideração (o que falam); procura não ver muita notícia. Eu mesmo não estou sabendo de nada. Estou focada aqui dentro", disse a oposto Mari.
Fabi, e também o técnico José Roberto Guimarães, chamam a atenção para os times de Cuba e da China, além da Rússia e da Itália, com quem o Brasil jogará no dia 17, possivelmente para definir o primeiro colocado da chave.
"Isso já aconteceu antes. Falam bastante do nosso time para deixar a gente achando que é demais, mas isso não vai acontecer", diz a oposto Sheila.
O técnico lembra episódios recentes em que o time deixou escapar campeonatos que pareciam que estavam à mão para dizer que as jogadoras devem manter o foco.
"O pessoal é bem adulto para avaliar tudo o que aconteceu com a gente. Não se pode deixar levar por uns tapinhas nas costas", disse Zé Roberto.
"Tem que ganhar, porque senão tudo o que aconteceu até agora não vai valer de nada", completou ele.
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