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A ex-jogadora Janeth Arcain, duas vezes medalhista olímpica, defendeu nesta quinta-feira a permanência do técnico Paulo Bassul à frente do time feminino eliminado na primeira fase dos Jogos de Pequim e afirmou que a equipe sentiu a falta de experiência.
"Não vejo hoje outra pessoa que poderia estar naquele lugar", disse à Reuters a campeã mundial de 1994, formando um trio poderoso com Hortência e Paula.
"O que ele precisa, e isso eu já falei pra ele, é fazer com que as meninas acreditem no trabalho. Precisa fazer com que elas estejam conscientes e preparadas para desempenhar o melhor basquete nos momentos importantes", acrescentou, depois de participar de um evento do Comitê Olímpico Brasileiro.
Janeth acredita que a equipe tem potencial para evoluir e que os resultados nos Jogos, em que perderam partidas importantes por pequena margem de pontos, mostra que com mais experiência elas podem vencer.
Para ela, também fez falta ao time a pivô Érika, que se machucou e não pôde participar da Olimpíada. Ela era uma das peças-chave de Bassul para os Jogos.
"Acredito que a Érika fez muita falta, porque só jogamos com a Kelly alí dentro do garrafão, e ela até se saiu bem."
Janeth, parte da geração mais vitoriosa do basquete feminino do Brasil, levou a medalha de prata em Atlanta-1996, e a de bronze em Sydney-2000).
Sobre o futuro do basquete brasileiro, que além da eliminação precoce do feminimo ficou sem representante no masculino, ela afirmou que o caminho é a base, que precisa ser fortalecida.
"Alguns clubes estão fazendo. Acho que tem que ter trabalho de base forte, consciente, para que resultados possam acontecer", afirmou ela, que comanda o Instituto Janeth em Santo André (SP), com 750 atletas. Alguns deles já estão sendo convocados para equipes nacionais.
"É onde estou cooperando com a seleção, mesmo não fazendo mais parte", acrescentou.
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