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Em uma cena carregada de simbolismo, Ronaldinho e Messi se abraçam após o jogo: “passagem do bastão” no topo do futebol mundial. | Rodolfo Bührer, enviado especial/ Gazeta do Povo
Em uma cena carregada de simbolismo, Ronaldinho e Messi se abraçam após o jogo: “passagem do bastão” no topo do futebol mundial.| Foto: Rodolfo Bührer, enviado especial/ Gazeta do Povo
  • Maradona torceu para a Argentina e posou para fotos com fãs durante a semifinal.
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"Ronaldinho é passado. O presente chama-se Lionel Messi". A frase foi usada como argumento pela diretoria do Barcelona para se desfazer do ex-melhor do mundo – o gaúcho foi vendido ao Milan por 21 milhões de euros (aproximadamente R$ 50,6 milhões) há pouco mais de um mês.

O pequeno texto serve também para dar a dimensão do que fizeram em campo ontem os dois mais importantes jogadores de futebol desta Olimpíada de Pequim. O brasileiro, tirando um ou outro brilhareco na vitória por 5 a 0 sobre a fraca Nova Zelândia, deu ainda mais subsídios para os opositores intensificarem as críticas. Já o argentino, mesmo sem encantar, conseguiu levar o seu país a mais uma final olímpica.

O confronto entre os dois amigos apenas ratificou a posição que ocupam atualmente no cenário do futebol mundial. Messi não fez gol, mas cansou de dar trabalho ao sistema defensivo brasileiro. Em dois lances de pura habilidade, o camisa 15 só não balançou a rede porque a sorte ajudou o goleiro Renan.

Ronaldinho, por sua vez, conseguiu apagar um pouco da admiração dos chineses pelo seu talento. A participação do capitão brasileiro se resumiu a poucos lances de efeito, todos improdutivos, e a uma cobrança de falta na trave, que no rebote Alexandre Pato, em impedimento, fez o gol, acertadamente anulado pela arbitragem.

Visivelmente fora de forma e sem inspiração, o meia parece pouco disposto a voltar a brilhar. Até passes curtos ele errou. Ao invés dos costumeiros aplausos, uma tímida vaia acompanhou o jogador.

Mesmo diante de tantos problemas, Ronaldinho participou integralmente de toda a decepcionante campanha olímpica brasileira, o segundo insucesso em Jogos do milanista, titular em Sydney-2000. Algo realmente considerável, já que a sua convocação foi imposta pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao técnico Dunga – o treinador nunca escondeu a predileção por Robinho.

Messi conta todo orgulhoso que aprendeu e se inspirou no amigo para se firmar como uma referência mundial. Um abraço fraternal entre os dois ex-companheiros após a goleada alviceleste por 3 a 0 selou o dia em que o fã comprovou estar melhor do que o ídolo. Ao que tudo indica, os dirigentes do Barça têm mesmo razão.

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