A seleção dos EUA é a atual detentora da medalha de ouro olímpica no futebol feminino, conquistado justamente derrotando o Brasil, por 2 a 1, nos Jogos de Atenas. Mesmo assim, as rivais sul-americanas estão entaladas na garganta das campeãs. Motivo: uma goleada de 4 a 0 nas semifinais da Copa do Mundo disputada na China, no ano passado. Naquele dia, Marta fez uma das melhores exibições de sua carreira.
As norte-americanas não esqueceram e planejam dar o troco na decisão de hoje, relegando o Brasil mais uma vez à medalha de prata. "Nossa equipe é um pouco diferente hoje, mas algumas de nós participaram daquela partida e não gostamos do que aconteceu. Agora, temos uma grande chance de obter a revanche", avisou a zagueira e capitã americana, Christie Rampone.
O Brasil merece respeito, mas a confiança das americanas é grande. Nos sorrisos e em suas expressões, elas demonstram que têm certeza do ouro e apontam vários motivos. Um deles é considerado o principal: o crescimento da equipe, que estreou perdendo para a Noruega por 2 a 0, ao longo da Olimpíada. "Mesmo depois daquele primeiro jogo, nós nunca duvidamos que poderíamos chegar à final e ganhar a medalha de ouro", assegura a meio-campista Shannon Boxx. "Nos propusemos a pensar um jogo de cada vez, ir crescendo e fizemos exatamente isso."
Shannon acredita em uma das finais mais emocionantes da história do futebol feminino dos Jogos, por causa da boa fase do time brasileiro. "O Brasil é um grande rival, mas nós estamos muito bem."
Para a sueca Pia Sundhage, técnica dos Estados Unidos, a evolução de sua equipe foi impulsionada pela forte personalidade das atletas que comanda, e esse será um fator preponderante na decisão. "Elas têm personalidades marcantes, é por isso que estamos vencendo."
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