O técnico José Roberto Guimarães caiu de joelhos no chão e olhou para o céu quando a seleção brasileira de vôlei feminino marcou o ponto da vitória na final dos Jogos Olímpicos de Pequim. Dia histórico para as jogadoras, que subiram no lugar mais alto do pódio pela primeira vez. O momento mereceu um desabafo do treinador.
"A nossa medalha é amarela, mas é ouro", destacou.
As palavras do técnico foram direcionadas às pessoas que não se cansaram de chamar a equipe de amarelona, de time que chega à final e não decide. As críticas são, principalmente, em função do 24 a 19 de Atenas, quando a seleção perdeu na semifinal para a Rússia após estar em vantagem, e da derrota no Pan-Americano, no Rio de Janeiro.
"Elas mereciam essa vitória. A gente sabia que era uma questão de tempo. No masculino, antes de eu ser técnico, isso aconteceu também, chegamos perto e não ganhamos. Aos poucos, com experiência e jogos internacionais, chegamos lá. Eu falava: "A nossa hora vai chegar, aquela bola vai cair". Hoje, ela caiu. O trabalho de quatro anos que fizemos foi coroado", falou ele.
Único campeão em duas categorias
Além do ouro com as meninas, Zé Roberto se tornou o único treinador campeão nas duas categorias, já que, nas Olimpíadas de Barcelona-1992, levou o título no masculino. Com um sorriso no rosto, ele conta que não pensa nisso. Apenas tem a agradecer.
"Depois de Atenas tivemos um início complicado, mas valeu a pena. Tenho que agradecer a minha família, que me deu um suporte após a derrota de 2004. O apoio da minha esposa e das minhas filhas, que estão aqui na China, foi fundamental. Agradeço também a todos que me ajudaram a chegar até aqui, que contribuíram para essa história, disse ele.
Briga de Pochmann e servidores arranha imagem do IBGE e amplia desgaste do governo
Babás, pedreiros, jardineiros sem visto: qual o perfil dos brasileiros deportados dos EUA
Crise dos deportados: Lula evita afronta a Trump; ouça o podcast
Serviço de Uber e 99 evidencia “gap” do transporte público em grandes metrópoles
Deixe sua opinião