O forte vento que atingiu a Arena Olímpica de Vôlei de Praia, em Copacabana, pegou de surpresa as finalistas do torneio: as brasileiras Ágatha e Bárbara e as alemãs Ludwig e Walkenhorst. As condições climáticas começaram a mudar poucos minutos antes da decisão, realizada já no início da madrugada. A dupla europeia se adaptou melhor ao imprevisto, foi superior e conquistou a medalha de ouro.
A paranaense Ágatha admitiu a superioridade das adversárias. “Na hora do aquecimento estava tudo normal e, de repente, entrou um vento do nada. A gente ficou em dúvida se mantinha a estratégia. Elas conseguiram manter a virada de bolas, souberam lidar com o vento e nós não. Elas mereceram”, analisou.
Mas o clima não foi de decepção após a derrota. A medalha de prata foi muito celebrada pelas atletas. “Estou muito feliz com a prata. O caminho para chegar numa Olimpíada é difícil. E depois ainda chegar a uma final. É tanto suor, dedicação, entrega, abdicação. Não tem como não comemorar”, disse Ágatha.
Ainda há chance de título na modalidade. Nesta quinta-feira (18), pouco antes da meia-noite, Alison e Bruno encaram na final masculina os italianos Nicolai e Lupo.
O caminho da medalha
Mesmo com o status de atuais campeãs mundiais, Ágatha e Bárbara não eram apontadas como favoritas na Olimpíada. A principal aposta do país estava em Larissa e Talita.
O início da dupla foi irregular na competição. Cabeças de chave, perderam um jogo na primeira fase para as espanholas Liliana e Elsa e acabaram em segundo lugar no grupo B. No mata-mata, porém, a paranaense e a carioca embalaram. Não perderam nenhum set até se garantirem na final.
Na semi, desbancaram a dupla da tricampeã Kerri Walsh que nunca havia perdido uma partida em Olimpíadas. Na decisão, porém, as brasileiras não conseguiram superar Ludwig e Walkenhorst, que já haviam tirado Talita e Larissa da briga pelo ouro na fase anterior.