O armador brasileiro Marcelinho Huertas recebe marcação do adversário.| Foto: ANDREJ ISAKOVIC/AFP

A estreia da seleção brasileira masculina de basquete teve duas caras: uma desastrosa e outra boa. No fim das contas, pesou a péssima apresentação no primeiro tempo.

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Neste domingo (7), na Arena Carioca 1, na Barra, o time treinado pelo técnico argentino Rubén Magnano perdeu da Lituânia por 82 a 76, pela primeira rodada do Grupo B da competição.

Esperava-se muito do time brasileiro neste primeiro jogo. Magnano conta com jogadores de calibre como o pivô Nenê, o ala/armador Leandrinho e o armador Marcelo Huertas. Todos eles jogam na NBA.

A equipe vinha de seis bons amistosos. Foram seis vitórias. Dois deles foram contra a Romênia, um adversário sem expressão no basquete. Mas um desses jogos havia sido justamente contra a Lituânia, no último domingo (31), em Mogi das Cruzes (SP). A seleção jogou bem e venceu por 64 a 62.

Porém, neste domingo, justamente na estreia da Olimpíada, o que se viu, pelo menos no primeiro tempo, foi algo totalmente diferente daquele apresentado nos amistosos.

Magnano começou o duelo com o quinteto titular formado por Nenê, Rafael Hettsheimeir, Alex Garcia, Leandrinho e Huertas. Com Alex como ala, o time ganharia mais mobilidade e velocidade. O começou até que foi animador. Mas bastaram os cinco minutos finais para a Lituânia abrir dez pontos de vantagem no placar.

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O público, que compareceu em bom número à arena, mas não a lotou, bem que tentou animar os jogadores do Brasil. Mas quanto mais gritavam a favor do time, mais a Lituânia jogava. E menos a seleção fazia.

Os comandados de Magnano demoravam para decidir as jogadas, rodavam pouco a bola e tinham dificuldades até de acertar lance livre. Neste último quesito, o Brasil tinha apenas 50% de aproveitamento ao fim do primeiro tempo, contra 77% do adversário.

No segundo período, quando o Brasil sofreu um total apagão, a Lituânia fez 31 pontos, contra apenas 12 da seleção da casa. Até o intervalo, o cestinha da equipe de Magnano era Huertas, com somente cinco pontos.

A Lituânia é uma das grandes seleções do basquete. Para se ter uma ideia, o time esteve entre os quatro primeiros colocados em cinco das últimas seis Olimpíadas. Mas parecia ser difícil encontrar uma explicação para um desempenho tão ruim do Brasil.

Na saída para o intervalo, muitos jogadores e Magnano saíram de cabeça baixa. Mesmo assim, foram aplaudidos pelo público presente.

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Depois da conversa nos vestiários, o time brasileiro voltou mais concentrado para o terceiro período, equilibrou as ações e começou a mostrar a sua verdadeira cara. Jogou de forma mais coesa, com uma defesa forte e boas infiltrações, sobretudo de Leandrinho, e venceu o terceiro período por 23 a 12.

Sob os gritos de “eu acredito” das arquibancadas, o time também fez um ótimo último quarto. Variou bem as jogadas, acertou a mão nos arremessos de longa distância e levou o público ao delírio. O time chegou a ficar muito próximo no placar, mas já era tarde para uma reação.

Leandrinho foi o cestinha da partida com 21 pontos.

Na próxima rodada, o Brasil encara a forte Espanha, na terça-feira (9), às 14h15 (de Brasília), novamente na Arena Carioca 1.