O Brasil nunca conquistou tantos ouros e medalhas quanto na Olimpíada do Rio, mas ficou um gosto de ‘quero mais’. O desempenho ficou abaixo do projetado pelo comitê olímpico nacional (COB). A meta de terminar entre os dez países com mais pódios nos Jogos não foi cumprida e o time verde-amarelo registrou um dos piores desempenhos entre os últimos anfitriões do maior evento esportivo mundial.
Os atletas brasileiros fecharam a Rio-2016 com sete ouros, superando a campanha de Atenas-2004, quando o país teve cinco. Além disso, foram seis pratas e seis bronzes na capital carioca. Os 19 pódios totalizados superaram os 17 de Londres-2012.
RANKING: veja como ficou o quadro final de medalhas da Rio-2016
Os números positivos e negativos da campanha brasileira
Foi bom
- Brasil bateu recorde de ouros em Olimpíadas: sete
- Brasil também bateu recorde de pódios: 19
- Pelo critério de ouros, a posição final no quadro de medalhas - 13º lugar – é a melhor da história do país
Foi ruim
- O Brasil não ficou no top 10 dos Jogos no número total de medalhas. Essa era a meta do COB
- Projetava-se 27 medalhas em casa para os brasileiros. Vieram só 19,
- O país ganhou apenas duas medalhas a mais em relação a Londres-2012. O salto deveria ser maior como anfitrião
Porém, o grande objetivo do COB era colocar o Brasil no top 10 no quadro de medalhas. Para isso, estimava-se ser necessárias 27 medalhas. No fim das contas, 22 bastariam. Foi o número registrado pelo 10º colocado Canadá. A equipe da casa acabou em 13º no número total de conquistas.
O crescimento em relação aos Jogos anteriores foi discreto – apenas duas medalhas a mais. O salto das nações anfitriões costuma ser bem maior. A Grã-Bretanha, de 2008 para 2012, por exemplo, subiu de 47 para 65 conquistas. A China passou de 63 para 100 em 2008.
MEDALHAS: relembre quais foram os brasileiros que subiram ao pódio
O Brasil registrou a segunda pior evolução entre os dez últimos países ‘mandantes’ da Olimpíada. O único abaixo neste período foi os EUA que, em Barcelona-1992 ganhou 108 medalhas, mas ao receber a competição em Atlanta-1996, ficou com 101.
Carros-chefe
Faltaram mais medalhas dos chamados carros-chefe da delegação. Os resultados de judô e vôlei ficaram aquém do esperado. Nos tatames, foram três pódios. Esperava-se mais. As eliminações precoces de favoritas como Sarah Menezes e Érika Miranda pesaram de forma negativa.
Na quadra, a seleção feminina, bicampeã olímpica, caiu já nas quartas de final. Nas areias, a paranaense Ágatha e a curitibana Bárbara conquistaram a prata, mas Larissa/Talita, líderes do ranking mundial, amargaram o quarto lugar.
Se algumas modalidades mais tradicionais decepcionaram, ‘esportes nanicos’ surpreenderam positivamente, como canoagem, tiro e tae kwon do que, juntos, renderam cinco medalhas ao país. Três atletas da ginástica artística masculina também subiram ao pódio, um recorde.
Além disso, há os que não medalharam, mas podem comemorar resultados históricos. O Brasil alcançou seus melhores resultados em Olimpíada no levantamento de peso (dois quintos lugares), esgrima (dois quintos lugares), marcha atlética (um quarto lugar), arremesso de peso (um quinto lugar), handebol e pólo aquático masculino, ambos nas quartas de final, entre outros.
Ao todo, 75 atletas brasileiros terminaram entre os oito melhores em suas competições. O recorde nacional anterior era de 41 competidores top 8 em Londres-2012.
Resumo: relembre quem foram os brasileiros que subiram ao pódio na Rio-2016
Ouro
Rafaela Silva (judô)
Thiago Braz (salto com vara)
Robson Conceição (boxe)
Martine Grael e Kahena Kunze (vela)
Alison e Bruno (vôlei de praia)
Futebol masculino
Vôlei masculino
Prata
Felipe Wu (tiro esportivo)
Diego Hipólito (ginástica artística)
Arthur Zanetti (ginástica artística)
Isaquias Queiroz (canoagem – C1 1000m)
Ágatha e Bárbara (vôlei de praia)
Isaquias Queiroz e Erlon de Souza (canoagem – C2 1000m)
Bronze
Arthur Nory (ginástica artística)
Isaquias Queiroz (canoagem – C1 200m)
Mayra Aguiar (judô)
Rafael Silva (judô)
Poliana Okimoto (maratona aquática)
Maicon Siqueira (tae kwon do)