Henrique Rodrigues ficou apenas com o nono tempo nas eliminatórias para os 200 m medley.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O paranaense Henrique Rodrigues colocou seu futuro em dúvida após ficar no quase pela segunda vez consecutiva em uma Olimpíada.

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O nadador de 25 anos marcou 1min59s23, o nono melhor tempo das semifinais dos 200 m medley nesta quarta-feira (10), no Centro Aquático Olímpico. Como só avançam os oito mais rápidos, ele não se classificou para a final desta quinta-feira (11) e está fora da Rio-2016. Mesmo roteiro de Londres-2012.

“Cara, é difícil dizer sobre o futuro porque vemos a crise que o país está passando. Não tem como dar uma resposta”, desabafou o curitibano, que teme perda de patrocínio e uma mudança para pior no esporte brasileiro.

“É tudo, patrocínio, questão estrutural. Uma reformulação bem grande vai acontecer, muita coisa vai mudar. Todos esses projetos de lei de incentivo ao esporte, essas coisas vão provavelmente acabar. Então do jeito que a situação está indo, a gente sabe disso, tem se informado e também tem sido informado. É realmente aguardar para ver”, completou.

Se tivesse repetido seu tempo na prova de classificação (1min58s56), durante a tarde, Henrique entraria na prova que vale medalha no lugar do alemão Philip Heintz, que bateu 1min58s85. De acordo com o brasileiro, o problema foi a estratégia adotada, da mesma maneira que aconteceu quatro anos atrás, quando ficou posicionado exatamente na nona colocação.

Entre as marcas da classificatória e da semifinal, Henrique foi aproximadamente sete décimos de segundo mais lento.

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“Estava me sentindo bem. Foi um erro tático mais uma vez. Passei muito forte e acabei sentindo no final em Londres. Agora passei muito devagar e pequei no finalzinho”, analisou, transparecendo a decepção.

Outra chance de competir em uma Olimpíada no Brasil nunca mais. “Acabou não saindo, ficou muito aquém do que esperava. Mas está legal, quer dizer, lógico que não estou contente. Não tem como ficar contente batendo na trave pela segunda vez. Olimpíada no Brasil de novo só daqui a 1000 anos”.