A Olimpíada nem começou e quase já não há mais espaço no mural dos atletas na Vila Olímpica da Rio-2016. E os recados são os mais variados. De política a reclamações, passando por paixões clubísticas.
Preços fazem com que público entre na loja da Rio-2016 só para tirar foto com mascote
Leia a matéria completaAs mensagens mais comuns são de apoio a atletas que disputarão os Jogos, principalmente para os da delegação brasileira. “Flavia Saraiva, traz o ouro na trave e no solo”, pede uma mensagem à ginasta brasileira de apenas 17 anos, que soma cinco ouros, uma prata e um bronze em etapas da Copa do Mundo de ginástica artística. “Muita sorte aos atletas sul-americanos”, é outro incentivo no mural.
Mas as mensagens que mais chamam a atenção são uma de protesto contra o presidente interino Michel Temer e (PMDB) e outra pedindo reparo no apartamento de um dos atletas.
O protesto “Fora Temer” ocupa parte nobre do espaço, quase ao centro. Neste domingo (31), o presidente interino enfrentou protestos em todo o país. Houve também manifestações a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Os atletas brasileiros estão sendo orientados por dirigentes a não se manifestarem politicamente durante os Jogos.
Já a reclamação do mural ficou por conta de um membro queniano, logo na entrada das delegações na Vila Olímpica, quando os apartamentos ainda não estavam concluídos, com problemas na estrutura hidráulica e elétrica. “Por favor, consertem meu banheiro”, escreveu o representante do Quênia, que, mesmo assim, elogiou a vila: “Amamos o lugar”.
Futebol
Os atletas também não deixaram o lado torcedor na Rio-2016.
“Vai, Corinthians” é uma das mensagens, em referência ao tradicional grito da Fiel.
Já um integrante da organizada do Botafogo demarcou seu espaço com a mensagem: “Fúria Jovem. Bonde do Neguinho”, enquanto que um italiano do pólo aquático deixou bem claro para que time torce: “Força, Pescara”.
Um atleta mexicano preferiu se resignar e apostar suas fichas nos Jogos de 2020. “Diego Sanchez ganha o ouro na próxima Olimpíada”, escreveu. Resta saber se o mesmo atleta vai daqui quatro anos escrever no mural da Vila Olímpica de Tóquio: “Cumpri a promessa. Ganhei o ouro”.
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