Arthur Zanetti e Neymar: a diferença entre o ouro e a prata| Foto: AFP e Reuters

Destaques mundiais

O jamaicano Usain Bolt é o homem mais rápido do mundo e, certamente, será pelos próximos quatro anos. O gênio das pistas e das torcidas é insuperável.

GALERIAS:OS DESTAQUES E AS DECEPÇÕES DOS JOGOS OLÍMPICOS

Ele se poupa durante as provas eliminatórias e arrebenta nas finais. É bem verdade que ainda não chegou a 9s50 nos 100 metros rasos, o limite humano, de acordo com ele, mas foi um show à parte.

Oscar Pistorius é outro fora de série. Mesmo sem bater recordes como o jamaicano, ele encantou o mundo superando a barreira humana. Com próteses nas pernas, amputadas ainda na infância, o sul-africano chegou a semifinal dos 400 metros livre e participou da final do revezamento 4x400m. Ele é o primeiro atleta nestas condições a disputar uma Olimpíada.

Em Londres, Gabrielle Douglas, 16 anos, se tornou a primeira negra a ganhar o ouro no individual geral na ginástica artística. A norte-americana, conhecida como ‘esquilo voador’ por movimentação, chegou a Londres como favorita após ser campeã da seletiva americana para os Jogos.

Gabrielle é uma das principais revelações da ginástica artística mundial e uma promessa norte-americana para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

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A Olimpíada de 2012, em Londres, ficará marcada na memória dos brasileiros. Foi na terra da rainha que os atletas do país conquistaram o maior número da história dos Jogos. Ao todo, foram 17 medalhas (três ouros, cinco pratas e nove bronzes), superando as campanhas de Atenas-2004 (15, com cinco ouros) e Atlanta-1996 (15, com três ouros). Essas conquistas são fruto do talento brasileiro, mas também do grande patrocínio de empresas públicas, o que realça as decepções em meio ao recorde tão festejado.

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GALERIAS: AS ALEGRIAS E ; AS DECEPÇÕES DO PAÍS NOS JOGOS

Por isso, Londres-2012 será lembrada também por expectativas que terminaram em enormes frustrações. De todos os medalhistas olímpicos brasileiros, apenas as confederações de futebol masculino e da vela não têm patrocínio público. A primeira decepção foi a derrota do atletismo brasileiro, esporte coberto pela estatal Caixa Econômica Federal. Em 20 anos, é a primeira vez sem uma medalha.

Fabiana Murer, a estrela maior do atletismo nacional, desistiu do seu último salto na fase de classificação e nem foi à final contra sua maior rival, a russa Yelena Isinbaeva (outra decepção). Maurren Maggi, medalhista de Pequim, ficou longe do que podia e esteve fora das finais também.

A natação brasileira, outra beneficiada pelo dinheiro estatal, também ficou aquém da expectativa dos torcedores. César Cielo, favorito ao ouro dos 50 metros livre, ficou apenas com o bronze. A boa surpresa dos atletas da água ficou por conta de Thiago Pereira , com a prata nos 400 m medley. Mas foi só na água.

Nem mesmo quem tem dinheiro - e muito - escapou ileso. A seleção brasileira de futebol, mais uma vez, amarelou na final e não voltou para casa com a medalha de ouro inédita.

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A relação do investimento público/medalha olímpica se mostrou eficaz no judô, uma modalidade patrocinada também pela Infraero. Os atleta conseguiram quatro medalhas, uma de ouro com a jovem piauiense Sarah Menezes e com surpresas como o jovem Rafael Silva, bronze em Londres. Apesar disso, houve uma pequena decepção no judô, com o líder do ranking dos meio-médios, Leandro Guilheiro. O atleta, que perdeu na repescagem, não conseguiu chegar à luta por medalha.

Na ginástica, com injeção do dinheiro da CEF, Arthur Zanetti foi muito bem. Ele chegou ao ouro olímpico acabando com a hegemonia chinesa e dos países do leste europeu nas argolas.

Já o boxe, terceiro esporte com mais medalhas e com um forte patrocínio da Petrobrás, também está na lista de alegrias. Os irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão confirmaram a boa herança no boxe de seu pai, o Touro Moreno, e levaram uma prata e um bronze.

Ainda no ringue, Adriana Araújo conseguiu um terceiro lugar e se tornou a primeira mulher brasileira a subir ao pódio da categoria, que estreava nos Jogos.

Mas houve também o outro lado na lona. Everton Lopes, o primeiro campeão mundial do Brasil e que carregava a maior esperança da modalidade de voltar ao pódio olímpico pela primeira vez desde 1968 na Cidade do México, perdeu logo em seu primeiro combate em Londres, para o cubano Roniel Iglesias Sotolongo.

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O vôlei, que conta com um enorme apoio privado, conseguiu bons resultados. Na praia, uma prata com Alison e Emanuel e um bronze com Juliana e Larissa. Já na quadra, masculino e feminino chegaram à final. Porém, só as mulheres, que surpreenderam na decisão contra as americanas, subiram ao lugar mais alto do pódio.

A grande surpresa, no último dia dos Jogos, apareceu de um esporte pouco conhecido no Brasil, o pentatlo moderno. A pernambucana Yane Marques, que conta com apoio do Exercito, conseguiu um suado bronze, mas que vale como ouro para que esportes menos conhecidos possam surpreender no Rio, em 2016.