A menos de três meses dos Jogos Olímpicos Rio-2016, ainda há quatro milhões de ingressos disponíveis – 33% do total. É possível, por exemplo, assistir provas de tiro esportivo por R$ 40 ou acompanhar partidas de basquete feminino por R$ 50. Por até R$ 100, disputas eliminatórias de judô, quartas de final de rúgbi ou finais do remo e esgrima estão entre as opções.
Oferta ampla de tíquetes por preços acessíveis, panorama comemorado apenas por quem já tem hospedagem garantida na Cidade Maravilhosa. Para aqueles que ainda buscam onde ficar, a história é outra.
“Os ingressos não são caros. Pagar R$ 100 no maior evento internacional é algo bem em conta. Mas a grande dúvida é chegar lá e não ter lugar para ficar”, lamenta o educador físico Luiz Fernando Stachera Jr, 30 anos, que pretende assistir ao basquete e levantamento de peso, mas esbarrou na dificuldade de encontrar um leito vago.
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De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - seção Rio (ABIH-RJ), 90% dos quartos já estão reservados para o período entre 5 e 21 de agosto. Entre os hotéis cinco estrelas, a taxa é de 98%. Nos três estrelas, a marca é 88%. Ao todo, os hotéis, albergues, motéis e flats da cidade somam 60 mil leitos.
Os bairros mais procurados são Ipanema e Leblon (com 98%), acima inclusive dos locais mais próximos do Parque Olímpico, como a Barra da Tijuca (97%).
De acordo com o Airbnb , maior site de aluguel de apartamentos do mundo, 30 mil pessoas de 94 países já reservaram hospedagem em 54 bairros cariocas. A média de permanência será de 7,6 noites, com aproximadamente três pessoas por imóvel.
Existem 25 mil anúncios da cidade no site, mas mesmo assim não está fácil encontrar. A dica é continuar pesquisando diariamente. “Estamos esperando algumas respostas. Na Barra não deu certo. Somando transporte e alimentação, o que sairia por R$ 1 mil, pode ir fácil para R$ 2,5 mil. E aí acaba fora do orçamento”, aponta Stachera.