Paranaense do tiro esportivo projeta medalha na Olimpíada

• 0

Principal atleta brasileiro do tiro esportivo, o pontagrossense Cassio Rippel figura entre os melhores do mundo na modalidade carabina deitado com alvo a distância de 50 metros. Para a Olimpíada do Rio de Janeiro neste ano, acredita ter chances reais de conquistar uma medalha.

RIO-2016: Veja todas as notícias sobre os Jogos do Rio

Após resultados expressivos em etapas de Copa do Mundo, em 2013 e 2014, Rippel manteve a sequência de boas performances e conquistou a medalha de ouro no Pan-Americano de Toronto, em 2015, batendo o atual número 1 do ranking mundial, o americano Michael McPhail, garantindo também índice para disputar os Jogos Olímpicos em 2016.

Sem pressão para a classificação olímpica, Rippel segue sua rotina de treinamentos e preparação para disputar os jogos, em Campinas, interior de São Paulo. “Creio que o treinamento está mostrando excelentes resultados e nos confirma que estamos no caminho correto. A ideia é intensificar o trabalho e chegar nas melhores condições de competir”, projeta.

A marca que conseguiu em Toronto – 625.9 pontos na classificação e mais 207.7 na final – estabeleceu um novo recorde pan-americano, mas para sonhar com medalha na edição caseira dos jogos, o paranaense terá que melhorar sua pontuação. O sistema olímpico envolve uma fase classificatória, com 60 tiros, e uma fase final, com mais 10, distribuindo mais de 700 pontos na classificação final.

Top 10: saiba quais atletas brasileiros são candidatos ao ouro na Rio-2016

Leia a matéria completa

Para chegar à final, Rippel terá de passar pela primeira etapa com pontuação quase perfeita, já que a definição dos oito qualificados à última final, em Londres, foi decidida por uma margem de apenas cinco pontos, ou seja, cinco tiros fora da parte central do alvo. Caso consiga a vaga na decisão, uma medalha vem se repetir o desempenho na final em Toronto, quando acertou todos os disparos no centro do alvo.

A missão, porém, não assusta Rippel. “Existem excelentes atiradores nos Estados Unidos, Alemanha e Rússia, mas o objetivo é fazer o melhor resultado. O primeiro passo é ser consistente, entrar na final e, uma vez entre os oito melhores, disputar as primeiras posições. Estando bem preparado e fazendo meu melhor, posso esperar uma boa colocação”, destaca, vislumbrando o desafio que tem pela frente.

O atirador destaca a evolução dos equipamentos utilizados no esporte e acredita que isso causou um nivelamento entre os competidores, o que pode ser um dos grandes obstáculos entre ele e a medalha olímpica.

Para o paranaense, o atleta precisa saber lidar com o ambiente que deve encontrar na competição, como a torcida e a pressão, para sonhar com um bom resultado na disputa. “Tem o entorno do atirador, arquibancadas, torcida, público, transmissão pela televisão, mas isso tudo é coadjuvante no processo do disparo. No final, sempre será o atirador sozinho, em sua linha de tiro, que tem que apontar a arma no centro do alvo e acionar o gatilho para disparar”, finaliza.