| Foto: Reprodução/USA Rugby (Facebook)

Depois de 92 anos de ausência, o rugby voltou ao programa olímpico no Rio de Janeiro, na modalidade sevens. Retorno tão aguardado que atraiu atenção até de quem não é atleta específico do esporte.

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O americano Nate Ebner, 27 anos, resolveu tirar o capacete e o shoulder pad (proteção dos ombros) para defender sua seleção nos Jogos. Atleta de futebol americano, o safety joga no mesmo time do astro Tom Brady, o New England Patriots.

Seu salário anual (US$ 1,2 milhão, cerca de R$ 3,8 milhões) é baixíssimo em comparação ao marido da top model Gisele Bündchen, que receber aproximadamente R$ 65,6 milhões por ano. Mas o suficiente para torná-lo um dos mais bem pago do esporte na Rio-2016, junto do neozelandês Sonny Bill Williams, estrela do rugby tradicional, com 15 jogadores.

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Ebner, claro, não vai abandonar a NFL. Ele pediu uma licença especial para o técnico Bill Belichick, que o encorajou a tentar uma vaga no rugby durante o período entre as temporadas. Seu desempenho foi bom o suficiente para lhe garantir uma das 12 vagas no elenco.

Engana-se, no entanto, quem pensa que a transição do futebol americano para o rugby é simples. O americano de 1,86 m e 97 kg já tem grande experiência no esporte, praticado na escola e faculdade, antes mesmo de imaginar jogar na NFL. “É preciso entender o campo no rugby, não é apenas sobre o melhor atleta”, afirma.

“Adoraria ver o que [outros atletas da NFL] poderiam fazer se tivessem crescido jogando rugby também e tivessem um grande entendimento do esporte, como eles poderiam impor sua estatura física. Espero ver isso no futuro”, acrescenta Ebner, que vestirá a camisa 12 da equipe que estreia nesta quarta-feira (9), contra Argentina e Brasil no Estádio de Rugby de Deodoro.

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Campeão do Super Bowl em 2015, ele já imagina como seria ter também uma medalha olímpica. “Seria algo para lembrar para o resto da vida, uma experiência marcante. Espero que vocês me perguntem daqui a alguns dias para poder responder como é a sensação”, comenta o jogador, que passou por uma tragédia familiar antes de se tornar profissional.

Seu pai, quem lhe colocou para treinar rugby desde criança, foi assassinado em 2008 após um roubo no ferro-velho do qual era dono. “Estar aqui [na Olimpíada] é uma realização para mim e para ele”.