| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Os torcedores terão quatro anos para assimilar. Em Tóquio-2020, o maior campeão olímpico da história não estará mais nas piscinas. Michael Phelps, 31 anos, despediu-se dos Jogos Olímpicos na noite deste sábado (13) ao ser o terceiro a saltar na piscina no revezamento 4x100 m medley, no lugar e da maneira em que mais se sente à vontade: o primeiro lugar do pódio, com um recorde olímpico.

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O time brasileiro formado por Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Henrique Martins e Marcelo Chierighini terminou com o sexto lugar (3min32s84) - a prata ficou com a Grã-Bretanha (3min29s24) e o bronze com a Austrália (3min29s93).

O ouro neste revezamento foi a sexta medalha de Phelps na Rio-2016, a quinta dourada. Na prateleira de casa o nadador terá 28 medalhas olímpicas para mostrar ao filho Boomer Phelps, de apenas três meses. Só de ouro, serão 23. Uma a menos do que o Brasil conquistou até aqui em toda as suas participações nos Jogos.

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Com tantas medalhas, Phelps pode até não se lembrar exatamente de qual ganhou em qual prova. Mas a da noite deste sábado (13), que conquistou ao lado dos companheiros Ryan Murphy, Cody Miller e Nathan Adrian, com o tempo de 3min27s95, com certeza não será uma delas. Assim como a primeira, nos 400 m medley em Atenas-2004, que venceu com apenas 19 anos, a última ele também sempre terá certeza de onde e quando conquistou.

No Rio de Janeiro, o nadador de Baltimore bateu mais recordes além do número de medalhas. Se tornou o primeiro atleta a vencer a mesma prova quatro vezes seguidas na Olimpíada, nos 200 m medley. Também ultrapassou a ginasta soviética Larissa Latinina, dona de 13 conquistas, no posto de maior medalhista de ouro em provas individuais, com 16 ouros conquistados sozinho.

Michael Phelps (de costa) comemora o ouro os companheiros de revezamento Ryan Murphy, Cody Miller e Nathan Adrian 
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O que só confirma que Phelps estava certo ao decidir voltar a nadar após a aposentadoria prematura em Londres-2012, quando teve o desempenho mais fraco em uma Olimpíada: “apenas” quatro ouros e duas pratas.

Longe das piscinas após as conquistas na Inglaterra, o atleta se perdeu. Não conseguia controlar o consumo de álcool e chegou a ser preso dirigindo bêbado e em alta velocidade em 2014. Foi preso e conduzido a um programa de reabilitação de 45 dias, quando decidiu que era hora de voltar.

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O foco naquilo que sabia fazer fez bem também à vida privada do campeão. Durante o ciclo olímpico da Rio-2016, Phelps conheceu a ex-miss Califórnia Nicole Johnson, com quem namorou, noivou e teve no mês de maio o primeiro filho, Boomer, que poderá conferir de dentro da própria casa uma parte bem considerável da história olímpica.

Milésima medalha

O revezamento 4x100 m medley feminino dos Estados Unidos entrou para a história ao conquistar a milésima medalha de ouro do país na história dos Jogos Olímpicos. A marca foi atingida neste sábado (13), no estádio Aquático, quando a equipe feminina chegou à frente da Austrália, que ficou com a prata, e da Dinamarca, que levou o bronze no Rio-2016.

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