O velocista Alan Fonteles é uma das grandes atrações dos Jogos Paralímpicos para o público brasileiro.| Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Após o fim dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no dia 21, o que parecia um desastre anunciado transformou-se em recorde de vendas.

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A Paralimpíada, que vai de 7 a 18 de setembro, vendeu mais de 482 mil ingressos nesta semana – número superior a todas as entradas vendidas em quase um ano (desde 7/9/2015), que alcançaram 418 mil.

Na terça-feira (23), a organização o evento já tinha registrado um recorde de vendas em 24 horas: 133 mil ingressos. No dia seguinte, nova marca: 145 mil entradas comercializadas, de um total de 2,5 milhões disponíveis. No total, cerca de 900 mil tíquetes foram adquiridos pelos torcedores.

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“O torcedor se deu conta de que esta é a última oportunidade de visitar o Parque Olímpico, a preços acessíveis [mínimo R$ 10]”, acredita Donovan Ferreti, diretor de ingressos da Rio-2016.

As provas mais procuradas têm sido as de natação, basquete de cadeiras de rodas – estas duas com as finais já lotadas –, atletismo, futebol de 5, judô e ciclismo de pista. Sucessos paralímpicos, como o nadador Daniel Dias e o velocista Alan Fonteles, são alguns dos motivos para que esses esportes sejam procurados.

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Enquanto isso, a organização faz o que pode para tirar o evento do papel, que deve contar com a participação de cerca de 4 mil atletas. A competição chegou a ser ameaçada de não acontecer por falta de verba.

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A solução encontrada pelo governo federal foi utilizar estatais para injetar dinheiro na competição. “O governo como um todo vai aportar R$ 100 milhões com patrocínio de estatais”, confirma o ministro interino do Turismo, Alberto Alvez. Empresas como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, a Petrobras e a Embratur.

Já a prefeitura do Rio de Janeiro se comprometeu a investir mais R$ 150 milhões. O repasse chegou a ser proibido pela Justiça Eleitoral, por ser ano de eleições municipais, mas a proibição foi derrubada também na Justiça.

Na quinta-feira (25), a tocha da Paralimpíada foi acesa pelo presidente interino Michel Temer. O revezamento começará no dia 1 de setembro e passará por Brasília, Belém, Joinville, Natal e São Paulo, além do Rio.