Scheidt e Prada fizeram o trajeto errado na prova decisiva| Foto: Jorge Zapata/EFE

O maior

Depois da derrota dos seus compatriotas na Star, Ben Ainslie fez a festa dos britânicos em Weymouth. Ele venceu a "medal race" na classe Finn e conquistou o ouro. Com a vitória, ele se torna o velejador com mais sucesso na história olímpica, com quatro ouros e uma prata. Ainslie, 35, superou o velejador dinamarquês Paul Elvstrom, que venceu o torneio olímpico de 1948 até 1960.

"Estou sem palavras", afirmou Ainslie. "Foi uma semana dura. Uma competição incrível."

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A dupla brasileira Robert Scheidt e Bruno Prada conquistou ontem a medalha de bronze na classe Star da vela, depois de terminar em sétimo lugar na regata final.

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O ouro foi para a dupla da Suécia Max Salminen e Fredrik Loof, que terminou esta última regata na primeira posição, e a prata para os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson, que chegaram em oitavo lugar.

Com a vitória, Scheidt, 39 anos, se torna o atleta brasileiro com o maior número de medalhas olímpicas, com dois ouros, duas pratas e o recém-conquistado bronze, dividindo a marca com o também velejador Torben Grael. Porém, é o único a subir ao pódio em cinco edições consecutivas, desde Atlanta-1996.

Ele tem ainda dois ouros, em Atlanta-1996 e Atenas-2004; duas pratas, em Sydney-2000, todas na classe Laser, e Pequim-2008, primeira na Star.

"Sabíamos que os outros estavam com mais pressão que nós, assim não tínhamos muito a perder e só queríamos fazer uma boa corrida. Sabíamos que tínhamos que fazer o melhor possível e fizemos uma grande corrida", declarou Loof depois da vitória, afirmando que o ouro é um sonho que virou realidade.

Os suecos chegaram a esta última regata na terceira posição, atrás dos britânicos e brasileiros, e souberam aproveitar o duelo que estas duas últimas tripulações travaram para conseguir a vitória.

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Percy e Simpson se dedicaram a fazer uma marcação próxima aos brasileiros, ultrapassando-os a cada baliza, mas se esqueceram dos suecos.

Em compensação, Scheidt e Prada ficaram em sétimo lugar nesta última e decisiva regata disputada em Weymouth, sul da Inglaterra, enquanto os britânicos ficaram em oitavo.

Depois da conquista, Scheidt estava dividido entre a felicidade por ter ido ao pódio em todas as Olimpíadas que disputou e a frustração de ter ficado com o bronze.

"É uma mistura de sensações. Estou muito feliz por ter conquistado mais uma medalha olímpica, porque é muito duro. Quantos atletas chegam como favoritos e saem sem medalha? Os Jogos Olímpicos são um evento muito difícil", disse Scheidt em nota do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

"Mas é claro que perder uma posição no último dia é complicado, a gente é muito competitivo, não gosta de perder nada", acrescentou ele, que estava em segundo lugar junto com o parceiro Bruno Prada antes da regata decisiva.

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