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Quem foi à Vila Capanema e não saiu de lá feliz, só pode ter sido pelo banho de chuva. O jogo, além de um clássico movimentado, daqueles tipo "descarrego" – no qual se vai da raiva à euforia em segundos, se xinga da mãe do juiz ao coitado do radialista que não tem nada a ver com a história –, mostrou à dupla Paratiba que o caminho é por aí mesmo.

O torcedor coxa-branca deve ter saído pensando que, se fosse 11 contra 11, seu time teria ganho com o pé nas costas, coisa que estava ocorrendo até Jéci ser expulso. Já o paranista, com aquela sensação de que, entrosado, esse time pode beliscar algo lá no segundo turno, que é quase um outro campeonato.

Não é otimismo em demasia. São apenas impressões tiradas no calor da partida, na arquibancada da Vila Capanema. No campo é bem diferente da televisão. Enquanto na telinha se vê mais o coletivo, "in loco" a individualidade aparece em detalhes, é mais difícil o manco dar o migué.

Vem daí, portanto, essa empolgação comedida. Pela confirmação de que o Coritiba tem mesmo um elenco forte e não apenas um time titular. Pela surpresa em descobrir que a base do Paraná, de jovens como Paulo Henrique e Dieguinho, tem bem mais valores a revelar do que apenas o fujão Kelvin.

Aliás, lembrei dele ontem no clássico e fiquei com essa dúvida: será que vendo o jogo pela tevê não bateu um pouquinho de arrependimento?

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