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Dividida entre Leonardo, do Coritiba, e Carlinhos, do Paraná: jogo duro | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Dividida entre Leonardo, do Coritiba, e Carlinhos, do Paraná: jogo duro| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Tricolor

Paulo Henrique ganha destaque

Dos remanescentes do elenco paranista, os laterais são os que aparecem como destaques no início da temporada. Além de Henrique, o lateral-direito Paulo Henrique está aproveitando as oportunidades e demonstrou ontem que pode ter um papel fundamental no Paraná, já que a característica do jogador de levar o jogo para o meio ganha importância no desenho tático do treinador Roberto Cavalo. "Eu era volante e por isso a facilidade de jogar pelo meio. O professor tem me orientado a evitar um pouco a linha de fundo devido ao ataque ser baixo", explica o jogador.

O empate no clássico deixou Paulo Henrique animado para as próximas partidas. Para ele, é como se o campeonato tivesse começado ontem, com o entrosamento surgindo aos poucos. "Conseguimos mostrar as qualidades do time. Fizemos um bom jogo e espero não deixarmos cair o ritmo. Agora é manter um bom nível e ir a Apucarana buscar os três pontos." (GR)

Alviverde

Rafinha cai na própria armadilha

Um dos principais jogadores do Coritiba, Rafinha quase complicou o time ontem na Vila Capanema. Depois da expulsão de Jéci, o meia passou a nitidamente provocar os rivais, na esperança de "cavar" a exclusão de um paranista. Exagerou na dose e, mostrando destempero, acabou ele mesmo recebendo o vermelho. Com dois a menos, o Alviverde corria o risco de apenas se defender – o que não ocorreu devido à expulsão, em seguida, de Méndez, do Paraná.

Ainda no gramado, o goleiro Édson Bastos comentou que o Coritiba não pode repetir novas expulsões. "Temos de passar pelas dificuldades e manter a tranquilidade. Se a gente quiser ser campeão, não pode terminar o jogo com dois a menos", reclamou o arqueiro.

Mesmo não querendo entrar em polêmica, o técnico Marcelo Oliveira também criticou a atitude de Rafinha. "As expulsões mudaram o rumo do jogo e naturalmente com dois a menos faz diferença.

A gente vai ter que analisar internamente [a expulsão do Rafinha]", disse. (GR)

  • Veja a ficha técnica de Paraná 1x1 Coritiba

Três expulsões, cinco cartões amarelos, quatro aparições dos maqueiros no gramado da Vila Capanema, um início de confusão e até Heber Roberto Lopes foi ao chão uma, quase duas vezes. O confronto entre Paraná e Coritiba acabou empatado por 1 a 1, mas não foi marcado pelos gols e sim por confusões, jogadas fortes, violentas e ríspidas discussões com dedos em riste, olho no olho, nariz com nariz.

A chuva que começou ainda na execução dos hinos estadual e nacional acabou sendo pano de fundo do confronto, mas foi a vontade exagerada, aliada à arbitragem "solta" de Heber que delinearam um clássico de faiscar. Con­se­­quentemente, as expulsões contribuíram para o resultado final de uma partida que foi do Coritiba, passou para o lado tricolor, mas acabou mesmo em igualdade. E agradou aos dois lados.

"Antes da expulsão, perdemos dois pontos. Mas pelas circunstâncias da partida... É como dissemos, o importante é que somos líderes", afirmou o volante Willian, que atuou no lugar de Leandro Donizete, machucado no rachão da véspera do clássico. "Saímos atrás, fomos aguerridos. O resultado não é ruim. Não podemos menosprezar o empate", opinou o atacante Paulo Matos, que entrou no intervalo.

Se o placar entre o líder e o lanterna pouco mudou o cenário da competição – ambos continuam na mesma situação em que começaram o confronto – dentro de campo tudo apontava para outro resultado. Um vencedor, seja de qual lado fosse.

Quando as duas equipes estavam completas, o Coritiba dominou, fez o gol com Eltinho (aos 29/1.º) e teve oportunidades de ampliar. A partir da expulsão de Jéci, pelo segundo amarelo, ainda no primeiro tempo, o Paraná cresceu. Com um homem a mais, empatou com Tito (21/2.º) e poderia ter virado depois de Rafinha também ser expulso por uma cotovelada em Tai. Mas Javier Méndez diminuiu as dificuldades do Coxa, que no fim quase marcou com Bill – a bola triscou a trave. As expulsões foram corretas.

"Se o Javier não é expulso, não digo que iríamos ganhar, mas criaríamos mais situações perigosas. Eu ainda briguei com ele, ele teria de ser até preso do jeito que chegou", afirmou o treinador do Paraná. "Sem as expulsões, o jogo seria naturalmente diferente. Tínhamos o total controle da partida, chegando quatro, cinco vezes em condições de marcar o gol", analisou o comandante alviverde.

O próximo confronto do Paraná será em Apucarana, onde enfrentará o Roma, na quarta-feira. O Co­­ritiba joga contra o Cascavel, quinta, no Couto Pereira. Novamente, em situações completamente o­­postas.

"Somos a equipe a ser batida. E temos de manter a tranquilidade", projeta o goleiro coxa, Édson Bastos. "Estamos evoluindo. Qualidade sa­­bemos que temos. Mas a equipe foi mon­­tada agora e somos jovens. Te­­nho certeza de que ainda vamos dar muita alegria ao torcedor", profetizou o lateral-direito tricolor, Paulo Henrique.

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