Paraná recebe o segundo ex-rubro-negro
O Paraná apresentou ontem o segundo reforço emprestado do Atlético para a temporada. O lateral-esquerdo Jean, 26 anos, que não vinha sendo muito aproveitado no Furacão desde que retornou do Asteras Tripolis, da Grécia, em fevereiro. Ele se junta ao atacante Anderson Aquino, cedido pelo Rubro-Negro desde o fim de agosto e que se tornou um dos destaques do Tricolor na Série B.
O Atlético pode se mudar da Água Verde para o Boqueirão em 2011. Como terá de fechar a Arena da Baixada para reformas de adequação às necessidades da Copa de 2014, o Rubro-Negro estuda usar o Estádio Erton Coelho de Queiroz, a Vila Olímpica, na próxima temporada.
A praça esportiva que pertence ao Paraná não recebe partidas oficiais desde 2007, quando a equipe B do Tricolor disputou a Copa Paraná. De lá para cá, apenas alguns treinos dos profissionais e da base paranista foram realizados no campo.
Mesmo assim, a cúpula atleticana entende ser mais fácil adequar o estádio tricolor da zona sul para atender aos sócios rubro-negros do que a Vila Capanema opção que não está descartada, mas obrigaria os dois clubes a dividirem o já irregular gramado do Durival Britto desde o Estadual que começa em janeiro.
O estreitamento da relação entre os adversários cresceu a partir da cessão de jogadores do Furacão por empréstimo ao rival. O atacante Anderson Aquino e o lateral-esquerdo Jean (apresentado ontem) já estão no Tricolor; o meia Netinho não foi porque não quis e o atacante Patrick, recém-retornado da Turquia, pode ser o próximo.
"Uma coisa não tem necessariamente a ver com a outra. Mas quem sabe não possamos juntar as duas. Isso [empréstimo de jogadores] pode até ser usado de crédito lá na frente", prevê o diretor de futebol atleticano Ocimar Bolicenho. "As portas estão abertas para a negociação. Até porque temos uma política de bom relacionamento com o Atlético", afirma o presidente paranista Aquilino Romani.
Para ressuscitar o imóvel do Boqueirão, no entanto, há o empecilho da capacidade. A partir do ano que vem, na Série A do Brasileiro serão necessários 15 mil lugares e na B, 10 mil.
"Quando deixou de ser usada, a capacidade da Vila Olímpica era de 20 mil. Mas do jeito que está hoje, não cabem 10 mil", afirma o gerente administrativo e financeiro do Paraná, Pedro Henrique Poitvin.
"Nem me lembro da última vistoria no Erton Coelho. Já faz muitos anos. Desconheço a existência de laudos. E agora a medição é de quatro torcedores a cada dois metros. reduz em 20%", alerta Reginaldo Cordeiro, presidente da Comissão de Inspeção de Estádios da Federação Paranaense de Futebol.
Nos bastidores do Rubro-Negro sabe-se que por causa dos mais de 20 mil sócios que têm direito a entrar nos jogos do time como mandante, o clube não sairá de Curitiba com o fechamento de seu reduto. Restariam as opções de acertar com o Paraná ou com o Coritiba (para atuar no Couto Pereira). "Com qual você acha mais fácil?", questiona Bolicenho, reconhecendo a pressão pela rivalidade Atletiba como um forte obstáculo.
Resta saber qual será a data que a Arena precisará paralisar as atividades. A reforma deve começar até março. Porém a intenção é postergar ao máximo a saída do estádio, trabalhando inicialmente no lado da Rua Brasílio Itiberê.
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