O presidente da Fifa, Joseph Blatter, denuncia o fato de que os manifestantes nas diversas cidades no Brasil estarem usando o futebol como "plataforma" para seus protestos e alerta que já vem discutindo essa situação com a presidente Dilma Rousseff, que foi vaiada sábado, na abertura da competição, em Brasília, antes da vitória por 3 a 0 do Brasil sobre o Japão.
Em declarações ao jornal O Estado de S.Paulo e a um veículo estrangeiro nesta segunda-feira, o dirigente ainda comparou a situação vivida pela Fifa no Brasil ao que ocorre na Turquia, onde manifestantes estão causando um terremoto político em Istambul e gerando tensões na região.
Na Turquia, a Fifa realizará o Mundial Sub-20 em poucos dias. "Temos visto isso também na Turquia e temos toda a confiança nas autoridades", afirmou, após participar de um congresso no Hotel Copacabana Palace sobre o papel das finanças e o futebol.
"O futebol existe aqui para unir as pessoas. Isso está claro e conheço um pouco das manifestações que estão ocorrendo aqui", disse Blatter. "Acho que as pessoas estão usando a plataforma do futebol e a presença da imprensa internacional para deixar claro certos protestos", declarou.
Depois de dois dias de protestos, o Rio de Janeiro deve registrar a maior manifestação na tarde desta segunda. Blatter, porém, rejeita a tese de que o movimento vai crescer. "Vocês verão que hoje é o terceiro dia de competição e isso irá se acalmar", insistiu. "Será uma grande competição", disse Blatter.
"O futebol é mais forte que a insatisfação das pessoas. Eu disse a Dilma e Aldo [Rebelo] que temos confiança neles. Uma vez que a bola rolar, as pessoas vão entender e isso vai acabar", afirmou.
Vaia
Sobre a vaia recebida por Dilma na abertura da Copa das Confederações, no último sábado, Blatter saiu em defesa dos torcedores. "Num estádio, eles (torcedores) querem futebol e não discursos", completou. No estádio, ele havia dado uma bronca nos torcedores, pedindo respeito em relação à Dilma.
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