A partir deste ano, em caso de bandeira amarela, os pilotos da Fórmula Indy terão de dividir a primeira curva na relargada e tomar mais cuidado ainda para não ver a corrida acabar antes da hora. Uma nova regra obriga os pilotos a alinhar os carros igual ao que fazem na largada e não um a um como antigamente. Os pilotos brasileiros afirmaram nesta quinta-feira (28) que a medida deixa as provas mais difíceis e que cada vez mais terão de ter uma condução mais conservadora no momento.
"A vantagem é que aqui é mais estreito que as outras pistas que corremos até agora. Tem de ser esperto. Quem é agressivo demais e tenta passar quatro ou cinco na relargada, costuma ter problemas. Terminar a prova está mais difícil", disse Tony Kanaan, terceiro colocado no campeonato.
Vitor Meira revelou que, embora pareça apertada, a corrida naquele momento está sob controle. "De fora, parece um gargalo. Nem sempre é verdade. Vai todo mundo direito. Só dá problema quando, como disse o Tony, alguém tenta passar cinco de uma vez e faz besteira", explicou.
A piloto Bia Figueiredo colocou em dúvida a possibilidade de sucesso do procedimento na estreita Curva 1, a chicane que leva ao S do Samba. "Tive oportunidade de ver isso de dentro e de fora (Bia não correu em Barber, segunda prova do campeonato, por conta de uma fratura na mão). Acontecem muito mais batidas, mas ganha na emoção. Só não sei como vai caber na Curva 1, pois não cabe mais de um carro ali", afirmou
Raphael Matos tem a receita em caso de emergência no setor crítico da pista: repetir a manobra de 2010. "Aqui tem área de escape na chicane. Se acabar o espaço, eu passo reto como no ano passado, quando fugi de uma batida ali", revelou o piloto mineiro.
Entre os brasileiros, quem tem tido maior dificuldade de adaptação é Helio Castroneves, que se envolveu na primeira prova do campeonato em um acidente na relargada com vários carros. "Eu fiz um strike em St. Petersburg. Para a tevê e o público, é bacana ter mais disputa e eu estou com problemas para me adaptar. É como oval, mas a freada forte, como aqui em São Paulo, complica muito", disse.
O repórter viajou a convite da organização