Confira a entrevista completa de Oliver Seitz ao Paraná TV -1ª edição
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As cenas de violência, quebra-quebra e conflito entre polícias e torcedores no Couto Pereira no último domingo tomou dimensões internacionais. As imagens da barbárie após o jogo Coritiba x Fluminense se espalharam pelo mundo. Mas o coordenador do MBA da Indústria do Futebol da Universidade Positivo, Oliver Seitz, as cenas lamentáveis não deve trazer tanto prejuízo à imagem da cidade de Curitiba.
"Eu acho que ele(incidente) não é tão grande, a princípio, quanto ele parece. Se a gente enquadrar os incidentes de domingo dentro de um panorama maior da história futebol foram eventos de certa forma irrelevantes. Se você comparar com outras grandes tragédias do futebol mundial. Na Inglaterra até o final dos anos 80, eram comuns as pessoas morrem em estádios. O que aconteceu aqui são coisas completamente diferentes. Na África há relatos não oficiais de que 300 pessoas já morreram em confuso em estádio", disse Seitz, em entrevista ao Paraná TV, da RPCTV.
Para ele, as autoridades, clubes e polícias devem estar preparados para o pior sempre. "Prevenção de inteligência, que planejem como evitar o pior. Vivemos no sistema em que isso não vai acontecer. Precisamos tem uma política de segurança para jogos de futebol", explica.
Seitz acredita que o fim das torcidas organizadas não será a solução para o problema. A sugestão de acabar com as facções já foi proposta pela polícia paranaense e a Secretária de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR). "Não tem como saber se daria certo. As imagens deixam claro que há envolvidos nos incidentes, mas não é com fim das organizadas que essa pessoa vai deixar de ir ao estádio", lembrou.
Por fim o coordenador considera uma atitude polêmica o projeto de vereadores de Curitiba de cadastrar com imagens e comprovantes de endereço, e antecedentes criminais para os membros de organizadas, uma medida polêmica.
"Foi tentando implantar um cadastro em 1985 na Inglaterra mais foi provado que você estaria afastando novos torcedores do estádio. E as pessoas que iriam para o jogo só iam pelo mesmo interesse. Violência vai ter sempre no futebol, pelo número de concentração de pessoas. O que aconteceu no Couto Pereira poderia ter acontecido em qualquer estádio O cadastramento depende de tecnologia, aumenta tempo de espera do torcedor do lado de fora do estádio, cria movimento de massas. Eu acho que isso está sendo ignorado pelo poder público. Não é cadastramento que vai terminar com a briga de torcedores em terminais de ônibus", finalizou.
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